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O potencial dos city hubs regionais para as viagens corporativas no Brasil

Escrito por Luiz Moura | 03/07/25 21:38

Nos últimos anos, temos testemunhado uma das atividades econômicas no Brasil. Empresas de diversos portes e setores estão buscando novas fronteiras para expansão, impulsionadas por fatores como a busca por menores custos operacionais, acesso à mão de obra qualificada e incentivos fiscais oferecidos por municípios e estados.

Se antes o foco estava somente nos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo, hoje um novo panorama se desenha: o da interiorização, que representa uma reconfiguração da malha de negócios do país.

Cidades que antes eram consideradas secundárias estão se consolidando como polos de inovação, indústria e serviços, atraindo investimentos e gerando um ecossistema favorável ao desenvolvimento empresarial. Essa é a origem do conceito de “city hubs regionais”.

A maneira como as viagens corporativas são planejadas e executadas precisa acompanhar essa evolução. Afinal, os executivos precisam estar presentes onde os negócios estão acontecendo, e nem sempre essa presença se limita aos eixos tradicionais.

Entenda mais sobre o conceito dos city hubs regionais e como aproveitar o potencial dessas regiões.

O que é um city hub regional?

Um city hub regional é, em resumo, um polo de negócios fora dos eixos tradicionais.

A dinâmica econômica local é uma das principais características: um city hub regional geralmente se destaca em setores específicos, como agronegócio, tecnologia, indústria automotiva, energias renováveis ou saúde, criando um ambiente propício para negócios e parcerias. 

A presença de universidades e centros de pesquisa também impulsiona a inovação e a formação de talentos, o que atrai ainda mais empresas.

A tendência da interiorização dos negócios no Brasil

Apesar dos registros indicarem que o primeiro programa nacional de parques tecnológicos teve início no Brasil em 1984, com o Parque de São Carlos, o movimento de interiorização e criação de city hubs regionais tem ganhado força recentemente, especialmente após a pandemia de Covid-19, em 2020.

Com a adoção do trabalho remoto e a busca por maior qualidade de vida, muitas empresas e profissionais repensaram suas estratégias geográficas nesse momento. 

A necessidade de reduzir custos operacionais e a flexibilidade oferecida pelo modelo híbrido impulsionaram a busca por locais com aluguéis mais acessíveis e menor custo de vida.

Em paralelo, a pandemia expôs a vulnerabilidade da concentração excessiva em grandes metrópoles, levando as empresas a diversificar seus investimentos e a buscar mercados emergentes em outras regiões.

Segundo o ranking das 30 Maiores Cidades, divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) no final de 2023, 50% das cidades (14) que mais cresceram percentualmente por operação de franquias no Brasil não estão nas capitais.

Essa movimentação também é fomentada por políticas públicas e privadas, como a criação dos Ecossistemas Locais de Inovação (ELIs) do Sebrae

De acordo com a entidade, os ecossistemas podem incluir elementos como parques tecnológicos, incubadoras de empresas, clusters industriais, eventos de networking e outras iniciativas que estimulam a inovação e o empreendedorismo. 

Dessa forma, integram empresas, universidades, centros de pesquisa, órgãos governamentais, startups e outros elementos que impulsionam o crescimento local.

“Estimular a inovação fora das capitais é de fundamental importância. Primeiro porque quando se tem regiões ancoradas em desenvolvimento inovador, em conexão com a economia do futuro, é possível distribuir riqueza e diminuir desigualdades regionais. Segundo porque existe um potencial incrível e ainda subaproveitado em cidades menores do Brasil, onde há campi de instituições de pesquisa capazes de apoiar o desenvolvimento de empresas inovadoras já existentes, bem como estimular o surgimento de novas.”

Evelyne Labanca, analista do Sebrae, para a Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Principais city hubs brasileiros em ascensão

O Brasil é um país de dimensões continentais, e sua diversidade regional se reflete também na emergência de novos polos de negócios. Conheça alguns dos city hubs regionais fora do eixo Rio-São Paulo que se destacam pelo seu potencial empresarial:

  • Belo Horizonte: a capital de Minas Gerais tem se consolidado como um importante centro de tecnologia e inovação, com o crescimento de startups e empresas do setor. Sua infraestrutura aeroportuária é robusta, oferecendo boa conectividade com diversas regiões do país.

  • Campinas: apesar de estar no estado de São Paulo, Campinas se posiciona como um hub independente. Com um forte polo tecnológico, universidades de renome e um aeroporto internacional, Campinas é um ponto estratégico para indústrias, tecnologia e logística.

  • Curitiba: referência em planejamento urbano e qualidade de vida, Curitiba também é um importante centro industrial e de serviços no Sul do Brasil. A cidade abriga grandes indústrias automotivas e uma crescente área de tecnologia e startups.

  • Florianópolis: a “Ilha da Magia” é um grande centro de tecnologia e inovação, abrigando um dos maiores polos tecnológicos do país, atraindo empresas e profissionais que buscam um estilo de vida diferenciado.

  • Recife: a capital pernambucana se destaca como um importante centro econômico no Nordeste, com um polo tecnológico (Porto Digital) de renome e forte presença no setor de serviços, além de boa conectividade com o restante do Brasil por meio do seu aeroporto.

  • Goiânia: é um hub estratégico para o agronegócio brasileiro, com forte presença de empresas do setor e indústrias relacionadas. Sua localização central no país e um aeroporto com boas conexões a tornam um ponto de partida para negócios no Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Benefícios da descentralização econômica para a gestão da sua empresa

Além das vantagens para o desenvolvimento econômico e social do país, o desenvolvimento de novos centros de negócios fora do eixo tradicional também beneficia a gestão das empresas, viabilizando:

Menor custo operacional

Passagens aéreas para hubs regionais frequentemente são mais baratas do que para os grandes centros, especialmente quando comparamos voos diretos e voos com escalas. Além disso, a rede hoteleira nessas cidades costuma ter preços mais competitivos, assim como os gastos com alimentação e transporte local.

Otimização do tempo de deslocamento

Viagens para grandes centros muitas vezes envolvem longos deslocamentos internos, seja do aeroporto para o local da reunião ou entre diferentes pontos da cidade. Nos city hubs regionais, a logística é simplificada. 

Aeroportos geralmente são menos distantes, e o trânsito costuma ser menos intenso do que em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, resultando em menos tempo perdido em deslocamentos e mais tempo para focar nos negócios.

Novas oportunidades de negócio

Regiões que buscam atrair investimentos costumam oferecer incentivos fiscais para empresas que se estabelecem ou realizam negócios em suas regiões. Isso significa que seus viajantes podem estar explorando mercados com condições mais favoráveis para a empresa, gerando novas oportunidades de parceria e crescimento que talvez não existissem em centros mais saturados.

Fortalecimento da presença regional

Ao direcionar viagens para os city hubs, sua empresa demonstra um compromisso com o desenvolvimento regional e fortalece sua presença em mercados emergentes. Isso pode gerar um relacionamento mais próximo com clientes e parceiros locais, além de abrir portas para a contratação de talentos e a formação de equipes descentralizadas.

Como escolher um novo hub regional para direcionar viagens?

Incorporar novos city hubs regionais na sua estratégia de viagens exige planejamento e análise. Aqui estão os passos essenciais para considerar um novo destino:

  1. Analise a demanda interna: comece mapeando quais departamentos ou áreas da sua empresa têm necessidades de negócios em regiões específicas. Há clientes em potencial? Fornecedores estratégicos? Novos projetos ou unidades em vista? Entender a demanda interna é o primeiro passo para identificar quais hubs regionais fazem sentido para o seu negócio.

  2. Pesquise sobre a infraestrutura: uma vez identificada a demanda, pesquise a fundo a infraestrutura do hub. Verifique a disponibilidade de voos a partir das cidades de origem dos viajantes, avalie a rede hoteleira, a oferta de transporte local e a presença de espaços para reuniões e eventos.

  3. Avalie o custo-benefício: calcule os custos estimados de viagens para o novo hub, incluindo passagens, hospedagem, alimentação e transporte local. Compare esses valores com os custos para os hubs tradicionais. Mais importante ainda, analise os benefícios intangíveis, como o potencial de novos negócios, a otimização do tempo dos viajantes e o fortalecimento da presença regional.

  4. Teste e colete feedbacks: realize um piloto com um pequeno grupo de viajantes para o novo hub e colete feedbacks sobre a experiência geral, a facilidade de deslocamento, a qualidade da hospedagem e a infraestrutura local.

  5. Digitalize a gestão das viagens: utilize sua plataforma de gestão de viagens para monitorar e analisar os dados de deslocamento para os novos hubs. Acompanhe custos, satisfação dos viajantes e o ROI dessas viagens para tomar decisões corretas e otimizar sua estratégia.

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