Sucessão do gestor de viagens: como garantir a continuidade e estabilidade da operação
Férias, desligamento ou afastamento do gestor de viagens? Saiba como manter a operação ativa com processos documentados, acesso seguro e tecnologia.
Em um cenário em que as viagens corporativas influenciam diretamente os resultados, a reputação da empresa e a experiência dos colaboradores, o papel do gestor de viagens corporativas ganha ainda mais destaque.
Esse profissional é responsável por muito mais do que aprovar voos e hotéis: ele mantém toda a operação de deslocamentos em sincronia, desde a negociação com fornecedores até a garantia de compliance e a otimização de custos.
No entanto, o alto grau de centralização e a natureza crítica dessa função levantam uma questão importante: o que acontece com a operação quando o responsável se ausenta?
Seja por um período de férias, um afastamento inesperado ou até mesmo um desligamento, a interrupção operacional é um risco real e custoso, que pode resultar em perda de eficiência, aumento de despesas e até brechas de segurança.
Este artigo mostra como desenvolver um plano para garantir a continuidade da gestão de viagens corporativas, mesmo na ausência do gestor principal. Siga a leitura e confira!
Por que planejar a sucessão na gestão de viagens?
Dentro de uma empresa, a gestão de viagens é uma área estratégica que envolve tomada de decisão, controle orçamentário, atendimento a viajantes, gestão de contratos e relacionamento com fornecedores, como TMCs e companhias aéreas.
Quando todo esse conhecimento e responsabilidade ficam concentrados em uma única pessoa, a operação se torna vulnerável a riscos que podem comprometer a continuidade e a eficiência do programa de viagens corporativas.
Os principais riscos dessa dependência incluem:
Perda de acesso a sistemas críticos
Quando apenas uma pessoa detém logins e permissões para ferramentas essenciais, como OBTs, dashboards de BI, ERPs e portais de fornecedores, qualquer bloqueio de acesso pode inviabilizar reservas, aprovações ou a emissão de relatórios em momentos críticos.
Fuga de conhecimento estratégico
O desligamento do gestor pode resultar na perda de informações valiosas sobre histórico de negociações, particularidades da política de viagens, desempenho de fornecedores e práticas internas, obrigando o sucessor a recomeçar processos e reconstruir relacionamentos.
Descontinuidade na comunicação com a TMC
A ausência de um plano de sucessão pode gerar falhas na interlocução com a agência de viagens, provocando atrasos em aprovações, reservas fora da política e desalinhamentos no atendimento aos viajantes.
Perda de histórico e indicadores de performance
Sem uma transição estruturada, métricas, relatórios e registros de tratativas com áreas internas ou fornecedores podem se perder, dificultando a análise de resultados e a tomada de decisão baseada em dados.
Desalinhamento com áreas parceiras
A falta de continuidade na gestão pode comprometer a integração com departamentos como Financeiro, RH e Jurídico, prejudicando a execução de políticas e processos relacionados às viagens corporativas.
Leia mais: Influência e relacionamento com diferentes áreas da empresa: protegendo seu programa de viagens
Boas práticas para garantir a continuidade do programa de viagens
Para solucionar esses desafios e assegurar a continuidade das operações de viagem, é fundamental estruturar informações e processos. Para isso, siga nossas dicas:
1. Criação de um runbook de gestão de viagens
Um runbook é um documento vivo que registra os processos essenciais da área, consolidando rotinas, prazos, acessos e detalhes operacionais. Funciona como um verdadeiro “manual de operação” da área, permitindo que qualquer profissional treinado consiga conduzir as atividades essenciais.
Esse documento deve ser atualizado continuamente e mantido em um ambiente colaborativo, como o SharePoint, o Teams ou o Google Drive.
Veja uma sugestão de estrutura por períodos:
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Periodicidade |
Foco |
Exemplos de rotinas |
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Runbook diário |
Operacionalidade e atendimento |
Monitoramento de novas reservas e aprovações pendentes; Contato com suporte da TMC; Resposta a consultas de viajantes; Acompanhamento de SLA. |
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Runbook semanal |
Análise e alinhamento interno |
Análise de relatórios de compliance e exceções; Alinhamento com Financeiro sobre status de pagamentos/faturas; Atualização de indicadores de performance. |
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Runbook mensal |
Governança e estratégia |
Revisão de contratos e desempenho de fornecedores; Reuniões do Comitê de Viagens; Auditorias de despesas e relatórios de budget. |
2. Documentação de acessos e cadastros críticos
Para garantir continuidade, é preciso ter clareza sobre quais sistemas fazem parte da rotina da área e quem tem acesso a eles. Sistemas críticos incluem:
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OBT (Online Booking Tool): responsável pelas políticas de viagem e reservas.
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TMC (Travel Management Company): atendimento, reservas offline, emergências.
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ERP ou sistema financeiro: conciliação, pagamento de fornecedores e relatórios.
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Ferramentas de gestão de despesas: reembolsos e políticas.
Boas práticas incluem registrar procedimentos de acesso, criar perfis de backup, usar cofres digitais para senhas e atribuir permissões alternativas a outros membros da equipe.
3. Gestão de contratos, SLAs e contatos-chave
O planejamento de sucessão também envolve garantir visibilidade total sobre contratos vigentes, prazos, custos e penalidades. Esses documentos devem estar centralizados e nomear responsáveis diretos por:
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Monitoramento de SLAs (ex.: prazo de reembolso, tempo médio de atendimento)
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Gestão de contratos com fornecedores (companhias aéreas, hotéis, TMCs)
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Contatos-chave de suporte de plataformas ou executivos de contas
Evite centralizar essas informações apenas no e-mail do gestor, por exemplo. Uma planilha compartilhada com esses dados ou um dashboard visual podem facilitar o acesso rápido a essas informações durante a ausência do gestor principal.
4. Comitês e rituais de governança
A sucessão não é apenas operacional, ela envolve governança. Criar rituais estruturados fortalece a continuidade e assegura o alinhamento estratégico da área.
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Comitês de viagens corporativas: reuniões trimestrais com financeiro, RH, jurídico e liderança para revisar KPIs e direcionamentos.
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Rituais semanais com a TMC: check-in de operações, pendências e atendimento.
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Registro de atas e pautas: criação de um histórico institucional de decisões e encaminhamentos.
5. Treinamento e definição de backup
O runbook e a documentação não têm utilidade sem a pessoa certa para executá-los. Por isso, escolha um substituto interno (preferencialmente da mesma área ou de uma área relacionada) e treine esse profissional para assumir a função temporariamente, caso seja necessário.
Para facilitar esse processo, crie um roteiro com as tarefas essenciais que devem ser transferidas em caso de ausência prolongada, devidamente validado pelo time e pela liderança.
Simular períodos de ausência do gestor também é uma prática eficiente para testar o plano e fortalecer a confiança tanto da equipe quanto da liderança.
Leia mais: A importância da capacitação contínua de gestores de viagens corporativas
O papel da tecnologia na continuidade do programa
As plataformas digitais para gestão de viagens corporativas são grandes aliadas na busca pela continuidade. Soluções centralizadas, como OBTs avançadas, dashboards, automações e alertas, reduzem a dependência de uma única pessoa ao oferecer:
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Acesso centralizado: políticas, relatórios de compliance, workflows de aprovação e histórico de reservas ficam acessíveis em um único ponto, independentemente de quem gerencia a ferramenta.
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Redução da dependência humana: o uso de automações, como a aplicação automática da política de viagens e a conciliação de despesas, diminui a necessidade de intervenção humana em tarefas repetitivas.
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Governança proativa: dashboards e alertas de SLA ou compliance permitem que o backup identifique problemas e desvios rapidamente, sem a necessidade de um vasto conhecimento prévio.
A tecnologia deve apoiar e facilitar a governança estruturada, e não substituí-la. Sem processos bem definidos, até mesmo a melhor ferramenta será subutilizada.
Para facilitar a sucessão, o caminho ideal é contar com uma solução completa, como a VOLL.
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Contratos, definições e contatos estratégicos;
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