O que é e como funciona o visto de trânsito para viagens corporativas internacionais?
O visto de trânsito é necessário para algumas conexões internacionais e comumente é confundido com o visto tradicional. Saiba tudo sobre o tema!
As viagens a negócios são essenciais para o crescimento e a sustentabilidade de grandes empresas, seja para reuniões com potenciais clientes e investidores, participação em eventos globais ou especialização de executivos, por exemplo. Essas viagens podem representar a materialização de estratégias, a assinatura de contratos e a consolidação de parcerias.
Muitos desses deslocamentos envolvem rotas complexas com múltiplas conexões, especialmente quando o destino final não possui voos diretos a partir do país de origem, ou quando a diferença de preço entre um voo direto e um com conexão é muito grande.
Essas conexões representam um ponto crítico no planejamento de viagens corporativas, pois cada país de escala pode ter exigências específicas de entrada e trânsito, que variam conforme a nacionalidade do viajante e a política migratória local.
Por isso, uma simples conexão mal planejada pode se transformar em um obstáculo logístico e financeiro caso o passageiro precise de visto de trânsito para seguir viagem e não o tenha obtido previamente.
A ausência dessa documentação é mais comum do que parece e pode gerar prejuízos como atrasos em compromissos estratégicos, custos extras com remarcações e, principalmente, impacto na credibilidade do gestor de viagens perante a liderança.
Para evitar essas situações, desenvolvemos este conteúdo com as principais informações sobre o visto de trânsito. Confira!
O que é visto de trânsito?
O visto de trânsito é uma autorização formal que permite ao viajante permanecer na área de trânsito internacional de um aeroporto ou, em alguns casos, passar pela imigração e aguardar a próxima etapa do voo, sem que o país seja o destino final.
A obrigatoriedade do visto de trânsito é determinada por dois fatores principais:
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Nacionalidade do viajante: muitos países impõem restrições de trânsito a passaportes de nações com alta taxa de imigração irregular ou outras questões geopolíticas. Para viajantes com passaporte brasileiro (que possui ampla isenção), os casos são menos comuns, mas existem, e a atenção deve ser redobrada para colaboradores de outras nacionalidades.
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Política do país de trânsito: países com leis de imigração rigorosas, como Estados Unidos e Canadá, são exemplos clássicos. Mesmo que o viajante não saia da área de embarque, a política de “transit without a visa” (trânsito sem visto) é altamente restrita ou inexistente para certas nacionalidades.
 
Diferença entre visto de trânsito e visto tradicional
Um dos erros mais comuns no planejamento de viagens corporativas internacionais é confundir o visto de trânsito com o visto tradicional (de turismo ou negócios). Embora ambos sejam autorizações de entrada emitidas por países estrangeiros, a finalidade e a validade de cada um são diferentes.
O visto de trânsito permite apenas passar pelo país em conexão, sem permanecer, e tem validade média de 24 a 96 horas. Já o visto tradicional de turismo ou negócios permite entrar e circular no país, inclusive para reuniões, eventos e hospedagens.
Principais países que exigem visto de trânsito
Como mencionado anteriormente, a exigência do visto de trânsito varia conforme a nacionalidade do viajante e o país de conexão. No entanto, algumas rotas e jurisdições são conhecidas por sua rigidez no controle migratório:
Reino Unido
Exige o Direct Airside Transit Visa (DATV) para passageiros de diversas nacionalidades, incluindo brasileiros, em casos específicos. Esse visto é necessário mesmo que o viajante permaneça na área internacional do aeroporto durante a conexão.
Saiba mais sobre exigências do país em: Tudo sobre a Autorização de Viagem Eletrônica (ETA) para o Reino Unido
França e outros países do Espaço Schengen
Determinadas nacionalidades precisam do Visto de Trânsito Aeroportuário (VTA) para conexões em aeroportos europeus, como Paris, Frankfurt e Madrid. O requisito varia conforme o país de origem e o destino final do viajante.
Canadá
Exige autorização eletrônica (eTA) ou visto de visitante mesmo para conexões. Em alguns casos, o passageiro pode permanecer na área internacional sem novo visto, desde que o tempo de escala seja inferior a 24 horas.
Austrália e Japão
Ambos possuem regras específicas para conexões internacionais. No caso australiano, o visto de trânsito é exigido se o passageiro precisar trocar de terminal ou permanecer mais de 8 horas no país. No Japão, o visto de trânsito é obrigatório apenas se o viajante sair da área de trânsito do aeroporto.
Estados Unidos: caso que exige atenção
Alguns países não possuem um visto de trânsito separado, exigindo o mesmo tipo de visto que um visitante comum precisaria, e esse é o caso de destinos que frequentemente causam confusão entre viajantes corporativos.
Os Estados Unidos são o principal exemplo: o trânsito no país exige o mesmo visto B1/B2 (negócios/turismo) necessário para uma estadia.
Não existe um visto de trânsito separado, e sim a exigência de um visto completo para a simples conexão, devido à necessidade de passar pela imigração e recolher a bagagem. Portanto, se o voo conectar nos EUA, o visto americano é obrigatório.
Fluxo de emissão: como garantir o visto de trânsito correto?
A responsabilidade por garantir que o viajante corporativo tenha todos os documentos adequados não deve recair apenas sobre o funcionário, mas também sobre a gestão de viagens da empresa e suas parceiras especializadas. Confira os principais passos:
1. Identifique todas as conexões internacionais da rota
Antes de emitir qualquer passagem, é essencial mapear todos os países de conexão. Agências de viagens corporativas, como a VOLL, possuem a experiência necessária para ajudar a identificar rotas com possíveis exigências de visto.
2. Verifique as regras específicas por nacionalidade
Nem todos os viajantes da empresa terão as mesmas exigências, e o visto de trânsito pode depender da cidadania do colaborador, do destino final e da companhia aérea.
A equipe deve ter acesso a um banco de dados atualizado sobre as exigências de visto de trânsito referentes ao conjunto de nacionalidades dos colaboradores da empresa.
3. Consulte fontes oficiais
As regras podem mudar com frequência. Por isso, consulados e sites oficiais de imigração são as únicas fontes confiáveis para verificar requisitos atualizados. Evite depender apenas de relatos ou experiências pessoais de terceiros.
4. Considere prazos e custos
Alguns vistos de trânsito são emitidos em poucos dias; outros podem levar semanas. O gestor de viagens precisa antecipar o cronograma de cada deslocamento para incluir o tempo necessário à emissão, evitando atrasos e custos adicionais.
Dicas para evitar imprevistos
É possível adotar algumas medidas para reduzir os riscos de problemas relacionados ao visto e ao processo de trânsito de maneira geral. Veja nossas dicas:
Janelas de conexão seguras
O fator tempo nas conexões é um ponto importante na gestão de riscos, pois conexões muito curtas aumentam as chances de perda do voo por atrasos ou demoras na imigração.
As companhias aéreas utilizam o MCT (Minimum Connection Time ou Tempo Mínimo de Conexão) como parâmetro técnico. No entanto, o MCT representa o tempo ideal para uma transferência eficiente de passageiros e bagagem, assumindo que toda a documentação esteja em ordem.
Se for necessária a passagem pela imigração, como nos Estados Unidos, dobre o MCT sugerido. Uma conexão de 90 minutos, por exemplo, é totalmente inviável se for preciso passar pela imigração, retirar a bagagem e despachá-la novamente.
Gestores devem priorizar:
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Conexões com pelo menos 3 a 4 horas de intervalo, especialmente em aeroportos grandes ou com alto fluxo internacional;
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Evitar trocas de aeroportos em países que exigem visto de trânsito, pois isso normalmente obriga o passageiro a entrar oficialmente no país;
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Reservar voos operados pela mesma companhia aérea ou parceiras, reduzindo o risco de novo check-in e a necessidade de imigração intermediária;
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Monitorar alertas e restrições em tempo real, algo que plataformas como a VOLL permitem com facilidade.
 
Plano B e rotas alternativas
Mesmo com todo o planejamento, podem ocorrer situações em que a exigência de visto de trânsito inviabiliza uma rota ideal. Nesses casos, o gestor de viagens deve criar planos alternativos, garantindo que o colaborador chegue ao destino dentro do prazo e sem complicações.
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Rotas Visa-Free: sempre que possível, priorize rotas que eliminem a necessidade de visto de trânsito, seja pelo país de conexão (por exemplo, voos diretos ou conexões em países que isentam brasileiros).
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Pré-aprovação de rota alternativa: se o viajante encontrar dificuldades imprevistas na emissão do visto, o gestor já deve ter uma rota alternativa cotada e pronta para ser ativada, evitando o país com restrição (por exemplo, trocar a conexão em Houston por uma em Bogotá, se for viável).
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Contingência no aeroporto: caso o viajante seja barrado no check-in (o pior cenário), a política da empresa deve ser clara: ação imediata da TMC/agência. O gestor deve acionar o parceiro de viagens para remarcar a rota no próximo voo disponível pela alternativa pré-aprovada, ou para um destino que dispense o visto, minimizando o impacto no calendário de reuniões.
 
Registro de casos
A cada incidente de viagem causado por falta de visto de trânsito, registre cada caso de negativa de embarque, o motivo exato (falta de visto, visto expirado ou incorreto) e a rota.
Avalie se a falha foi do viajante (não iniciou o processo), da gestão (não alertou adequadamente) ou da agência (rota non-compliant).
Então, utilize esses dados para endurecer ou refinar a política de viagens. Se a rota X sempre causa problemas, ela deve ser sinalizada como "alto risco" no sistema de reservas.
VOLL: parceira estratégica na gestão de viagens internacionais
Gerir viagens corporativas internacionais é uma tarefa complexa, especialmente quando envolve múltiplas conexões, legislações migratórias e diferentes nacionalidades dentro da mesma organização.
Nesse contexto, contar com tecnologia e inteligência de dados é essencial para garantir uma operação eficiente, segura e previsível.
A VOLL, maior agência de viagens corporativas digital da América Latina, atua como parceira estratégica global na gestão de viagens corporativas, ajudando empresas a prevenir imprevistos (como a falta de visto de trânsito) e a otimizar todo o processo de planejamento, emissão e acompanhamento de deslocamentos internacionais.
Entre os benefícios que a VOLL oferece, destacam-se:
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Centralização de dados e processos de viagem, incluindo solicitações, rotas, conexões e documentação;
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Relatórios gerenciais que permitem monitorar padrões de risco e ajustar políticas internas;
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Oferta de fornecedores globais, com acordos internacionais e tarifas exclusivas;
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Pagamentos em moeda local, sem incidência de taxas de câmbio;
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Visibilidade total sobre reservas, autorizações e políticas de viagem;
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Atendimento especializado 24 horas por dia, para suporte em situações imprevistas durante o deslocamento.
 
Com o nível de suporte, tecnologia e expertise que a VOLL oferece, o gestor consegue transformar o planejamento de viagens internacionais em um processo fluido, seguro e totalmente alinhado à estratégia global da empresa.
Grandes companhias como McDonald’s, Itaú, Nubank, Localiza e iFood já confiam na VOLL para a gestão de suas viagens e despesas corporativas.
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