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Como estruturar uma carteira corporativa de viações de ônibus

Escrito por Luiz Moura | 21/11/25 17:31

Com o aumento das operações descentralizadas, a expansão para cidades de médio porte e a busca por alternativas mais econômicas, as viagens interestaduais de ônibus se tornaram uma solução cada vez mais utilizada por empresas que desejam reduzir custos sem comprometer a qualidade da experiência do viajante.

Dentro desse cenário, criar uma carteira corporativa estruturada com viações, especialmente nos eixos de maior demanda, é fundamental para garantir previsibilidade, padronização e segurança operacional. 

Ao centralizar acordos, tarifas e regras de atendimento, o gestor de viagens ganha mais governança, reduz variações de preço e simplifica o cumprimento da política de viagens.

Neste artigo, você verá dicas práticas para estruturar essa carteira e utilizar o modal terrestre a favor da sua empresa. Confira!

O papel estratégico das viagens terrestres na mobilidade corporativa

As viagens terrestres deixaram de ser apenas a “última opção” e consolidaram-se como uma oportunidade para ampliar a capilaridade das empresas, com custos mais acessíveis e maior cobertura regional. 

Essa alternativa se encaixa perfeitamente em cenários em que a aviação é ineficiente ou excessivamente cara, como nas seguintes situações:

  • Regiões sem aeroporto: municípios onde o deslocamento aéreo não é uma opção, tornando o ônibus a única alternativa confiável.

  • Rotas de curta distância e grande volume: trajetos de até 300 km permitem deslocamentos rápidos, com economia significativa de tempo (considerando check-in, deslocamento até o aeroporto etc.) em comparação ao modal aéreo.

  • Estratégias de sustentabilidade: o modal terrestre, quando comparado ao aéreo, pode reduzir emissões e apoiar metas de ESG.

Além disso, o uso estruturado de viagens terrestres contribui diretamente para a gestão da mobilidade corporativa, pois amplia o alcance da política de viagens para localidades não atendidas pela malha aérea e reduz riscos operacionais ao diminuir a exposição a cancelamentos, atrasos e limitações de disponibilidade. 

As tarifas previamente negociadas também evitam oscilações e facilitam o planejamento orçamentário.

Leia mais: Ônibus leito-cama para viagens a trabalho: quando o rodoviário supera a ponte-aérea

Como definir rotas e praças prioritárias e como isso influencia os acordos

Antes de estruturar contratos com viações, o gestor precisa compreender exatamente onde estão os principais fluxos da empresa. Esse diagnóstico determina onde negociar, quais tarifas priorizar e como definir SLAs adequados.

Comece realizando um mapeamento da demanda interna, identificando rotas recorrentes entre unidades, clientes e centros operacionais, além de entender os picos de demanda para prever acordos que suportem esses períodos.

Com esses dados em mãos, o gestor consegue personalizar contratos e:

  • Focar o contrato nas rotas de maior impacto financeiro: o poder de negociação deve ser direcionado para os eixos que consomem a maior parte do budget destinado ao modal terrestre.

  • Solicitar tarifas diferenciadas: peça descontos ou tarifas fixas (flat rate) para os eixos que comprovadamente apresentam maior volume de utilização.

  • Criar SLAs específicos para as praças mais sensíveis: em cidades onde a pontualidade é crítica, negocie um indicador de performance superior à média do mercado.

O resultado esperado é um portfólio de acordos enxuto, eficiente e personalizado, que atende à necessidade real da sua empresa, e não apenas ao que a viação padrão oferece.

Como estruturar acordos corporativos com viações de ônibus

Um contrato corporativo eficaz vai muito além do preço: ele deve detalhar condições comerciais, escopo operacional, compliance e, sobretudo, padronização. Confira alguns pontos essenciais:

Condições comerciais

  • Definição de tarifas corporativas: negocie uma tabela de preços preferencial por rota prioritária.

  • Tarifa fixa por período (flat rate): em rotas de altíssimo volume, avalie a possibilidade de estabelecer uma tarifa fixa por um período determinado (ex.: 12 meses), protegendo a empresa contra aumentos sazonais ou de última hora.

  • Condições de remarcação incluídas: a flexibilidade deve ser prevista desde o início. Negocie janelas maiores e custos menores (ou isenção) de remarcação diretamente no contrato.

Escopo do atendimento corporativo

O contrato deve definir com precisão os serviços oferecidos pela viação, incluindo:

  • Horários e disponibilidade garantida;

  • Canais exclusivos para atendimento corporativo;

  • Formatos de suporte e prazos de resposta;

  • Política de contingência para atrasos e realocações.

Documentação e compliance

Exija documentação que comprove a manutenção preventiva e um plano de renovação de frota que assegure o padrão de conforto e segurança. Solicite também acesso aos certificados exigidos por órgãos reguladores, como a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), além das demais licenças operacionais atualizadas.

Padronização entre múltiplas viações

Para empresas que operam em mais de uma região, é comum contratar diferentes viações. Nesses casos, a padronização é essencial. Inclua no contrato os parâmetros mínimos de atendimento, bagagem, remarcações e suporte.

Remarcações

Defina regras claras para tolerância e janelas de remarcação, bem como custos ou isenções conforme o nível de flexibilidade. Registre formalmente, tanto na política de viagens quanto no contrato, essas regras, incluindo quem aprova a remarcação, a janela permitida e o procedimento que o colaborador deve seguir (canais de contato).

Bagagem

Padronize o volume e o peso mínimo gratuito entre as viações e defina, em contrato, o custo e as regras para bagagem extra. Na política interna, oriente sobre limites de peso/volume e responsabilidades relativas a itens especiais (instrumentos, equipamentos etc.).

No-show

O contrato deve prever o valor ou percentual de cobrança em caso de não comparecimento do viajante sem aviso prévio. 

Internamente, implemente mecanismos de mitigação, como lembretes automáticos, gestão de assentos e visibilidade na plataforma interna, além da obrigatoriedade de cancelamento até X horas antes da viagem, para evitar custos indevidos.

Leia mais: No-show: entenda as regras, taxas e impactos em viagens corporativas

SLAs e atendimento

O serviço de atendimento é o que diferencia um fornecedor de um parceiro realmente estratégico. Os Service Level Agreements (Acordos de Nível de Serviço) devem ser medidos para garantir que o suporte adequado está sendo oferecido, e incluir alguns indicadores em contrato é importante para proteger sua operação. 

Entre os indicadores mais importantes estão:

  • Tempo de resposta: máximo de X minutos/horas para responder a um chamado de emergência;

  • Tempo de solução: máximo de Y horas para resolver um problema (ex.: realocação após cancelamento);

  • Cumprimento de horários: defina um indicador de performance de pontualidade da frota (ex.: 90% dos ônibus devem partir com atraso máximo de 30 minutos).

  • Indicadores de segurança e qualidade: esse KPI pode ser medido por meio de relatórios de ocorrências e manutenção.

Além disso, para equipes que viajam fora do horário comercial, é indispensável um canal de suporte 24/7, cobrindo emergências noturnas, fins de semana e feriados.

Gerencie fornecedores e acordos com a VOLL

Estruturar uma carteira corporativa com viações interestaduais torna-se muito mais eficiente quando se conta com uma parceira capaz de unificar todas as variáveis da operação.

A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e, por meio de uma plataforma end-to-end, conecta toda a jornada do viajante, da solicitação ao reembolso, oferecendo:

  • Centralização completa: reservas, políticas, faturamento, relatórios e suporte em um único ambiente;

  • Integração com diversas viações: padronize regras e evite discrepâncias operacionais;

  • Personalização da política de viagens: definição de regras por perfil e fluxos de aprovação customizados;

  • Dashboards e indicadores: visibilidade total sobre gastos, rotas, volumes, no-show, remarcações e compliance;

  • Cadastro de regras e limites: defina fornecedores preferenciais e configurações relacionadas à política;

  • Gestão financeira e administrativa: todo o fluxo concentrado em uma única visão, com faturas unificadas;

  • Suporte 24/7: atendimento especializado 24 horas por dia, em diversos canais.

Grandes empresas como McDonald’s, Itaú, Nubank e iFood já contam com a VOLL para garantir o sucesso de seus programas de viagens.

Confira o depoimento de Bruno Carneiro, Gestor de Viagens e Mobilidade da Vibra, sobre o uso da VOLL:

“Temos uma visão consolidada de todas as informações em um mesmo ambiente: usuário, destino, horário e valor. Ter tudo isso em um único banco de dados facilita muito a gestão. Além disso, tivemos mais de 20% de redução de custos no deslocamento dos colaboradores.”

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