Saiba como estruturar uma classificação de pedidos de viagem por potencial de receita
Classificar pedidos de viagem por potencial de receita permite alinhar aprovações ao funil de vendas e aumentar a previsibilidade orçamentária.
Equilibrar orçamento e impacto estratégico é um dos maiores desafios de quem lidera a gestão de viagens corporativas. Na maioria das empresas, os pedidos de deslocamento chegam com justificativas diversas e, sem critérios claros de priorização, o gestor corre o risco de aprovar viagens de baixo impacto enquanto solicitações realmente decisivas para a geração de receita ficam em espera.
Para reduzir esse descompasso, a melhor saída é estruturar um programa de viagens corporativas baseado na classificação dos pedidos por potencial de receita.
Neste artigo, mostramos como o gestor pode adotar esse modelo: quais variáveis considerar, como estruturar gatilhos de aprovação, de que forma integrar o CRM à política de viagens e quais indicadores acompanhar para comprovar o impacto das viagens nos resultados do negócio. Confira!
Como definir variáveis de classificação dos pedidos de viagem
Para classificar os pedidos de deslocamento, é preciso definir critérios que conectem a viagem ao potencial de retorno para o negócio, pois somente dessa forma é possível evitar decisões baseadas apenas em uma aparente urgência ou pela pressão de áreas específicas.
Entre as variáveis mais relevantes para a gestão de viagens corporativas estão:
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Valor do ticket potencial: Quanto maior o valor estimado do contrato ou da renovação em negociação, maior a prioridade da viagem.
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Estágio no funil de vendas: Visitas em fase de fechamento ou renegociação tendem a ter um impacto direto na receita, enquanto prospecções iniciais podem ser avaliadas com mais cautela.
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Presença de decisores-chave: Reuniões que envolvem executivos de alto nível, tanto do cliente quanto da empresa, justificam o investimento por aumentarem a probabilidade de avanço na negociação.
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Importância estratégica do cliente: Além do valor imediato, considere o potencial de longo prazo, como clientes âncora, oportunidades de cross-sell ou expansão para novos mercados.
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Natureza da viagem: Diferenciação entre compromissos de geração de receita (comercial), manutenção de contrato (suporte técnico) ou branding (eventos e feiras).
Ao cruzar essas variáveis, o gestor cria uma matriz de priorização que torna o processo de aprovação mais transparente, equilibrando o custo e o impacto esperado.
Como estruturar faixas e gatilhos de aprovação
Definir variáveis de classificação é apenas o primeiro passo. Para que esse modelo funcione na prática, o gestor precisa transformá-las em faixas de prioridade e gatilhos de aprovação, que orientem a tomada de decisão de forma rápida e consistente.
Veja alguns exemplos de aplicação:
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Faixa de valor de oportunidade: Viagens associadas a negócios acima de R$ 1 milhão podem ter aprovação automática do gestor de viagens, enquanto oportunidades menores devem passar por uma análise mais detalhada.
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Gatilho de estágio de funil: Pedidos vinculados a propostas em fase de fechamento recebem prioridade máxima, independentemente do valor, já que a viagem pode ser decisiva para fechar o contrato.
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Alçada de aprovação por área: Quando a viagem envolve clientes estratégicos, a solicitação deve ter ciência da diretoria comercial ou de finanças, reforçando a governança sem perder a agilidade.
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Gatilho de custo x receita potencial: Se o custo da viagem superar 10% do valor esperado do contrato, é necessária aprovação de nível superior.
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Faixa de impacto regional: Viagens para expansão em novos mercados ou abertura de filiais recebem tratamento prioritário, mesmo que o ticket inicial seja menor.
Seguindo esse modelo, o gestor evita tanto a burocracia excessiva quanto a liberação indiscriminada de viagens e, assim, a política de aprovação passa a refletir diretamente os objetivos de receita da empresa, fortalecendo o papel estratégico da gestão de viagens corporativas.
Leia também: Como usar dados de viagens para influenciar decisões estratégicas no board.
Como integrar a política de viagens ao CRM e ao potencial de fechamento
A maior parte das informações necessárias para classificar pedidos de viagem já está no CRM da empresa: valor da oportunidade, estágio da negociação, decisores envolvidos e probabilidade de fechamento. Quando esses dados são conectados à política de viagens, o gestor ganha previsibilidade e reduz o risco de aprovar deslocamentos com baixo impacto no negócio.
Confira alguns exemplos de integração:
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Sincronização automática de oportunidades: Solicitações de viagem podem puxar dados do CRM, como ticket estimado e fase do funil, eliminando a subjetividade no momento da aprovação.
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Prioridade por probabilidade de fechamento: Viagens vinculadas a negócios com mais de 70% de chance de conversão recebem tratamento prioritário, enquanto aquelas em fases iniciais são avaliadas com maior rigor.
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Visão unificada entre áreas: Ao centralizar informações, times de Vendas, Finanças e Gestão de Viagens passam a ter uma leitura única sobre o peso de cada deslocamento.
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Histórico de efetividade: O cruzamento entre CRM e viagens permite identificar quais deslocamentos realmente contribuíram para fechar contratos, ajustando a política continuamente.
Essa integração transforma a aprovação de viagens de um processo reativo em uma prática estratégica, alinhada às metas comerciais. Em vez de discutir caso a caso, a empresa passa a trabalhar com critérios claros e dados em tempo real.
Como criar uma rotina de revisão com Vendas e Finanças
O pipeline comercial muda, o orçamento é ajustado e prioridades estratégicas variam conforme o trimestre. Por isso, uma rotina de revisão entre os departamentos de Vendas, Finanças e Gestão de Viagens é essencial para manter o alinhamento.
A rotina de revisões pode considerar:
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Revisões mensais de pipeline: Reuniões entre Vendas e Gestão de Viagens para reavaliar oportunidades estratégicas e alinhar deslocamentos futuros.
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Acompanhamento trimestral de orçamento: Finanças deve validar se o volume de viagens está alinhado com o orçamento previsto e ajustar faixas de aprovação, se necessário.
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Discussão de casos excepcionais: Nem todas as situações cabem em regras predefinidas, logo, é preciso reservar espaço para analisar exceções e evitar decisões unilaterais.
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Ajuste de políticas por sazonalidade: Momentos de alta demanda (como lançamentos, feiras setoriais, entre outros) podem justificar algumas flexibilizações temporárias.
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Documentação e transparência: Registrar decisões de revisão e comunicá-las às áreas envolvidas reforça a credibilidade da política.
Ao instituir essa rotina, o gestor garante que o programa de viagens corporativas esteja sempre alinhado às metas comerciais e financeiras, evitando surpresas no orçamento e assegurando que os recursos sejam direcionados para deslocamentos realmente estratégicos.
Leia também: Como implementar um processo transparente de despriorização de viagens para redução de custos?
KPIs importantes para medir a efetividade das viagens corporativas
O impacto da classificação de pedidos de viagem por potencial de receita deve ser monitorado de forma contínua, através de indicadores que conectem deslocamentos a resultados de negócio e não apenas a métricas operacionais.
Os principais KPIs que ajudam a medir a efetividade do programa de viagens corporativas são:
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Conversão por viagem: Percentual de oportunidades que avançaram ou foram fechadas após um deslocamento presencial.
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Custo por venda fechada: Total investido em viagens dividido pelo número de contratos concluídos no período.
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Tempo de ciclo de vendas: Comparação entre negociações que contaram com viagens e aquelas conduzidas apenas de forma remota, identificando o impacto do contato presencial.
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Receita incremental atribuída a viagens: Valor adicional conquistado em contratos após reuniões presenciais, medido por relatórios de CRM.
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Taxa de aderência à política: Percentual de viagens aprovadas e realizadas dentro das faixas e gatilhos estabelecidos.
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Satisfação do viajante e do cliente: Feedback de quem participou das reuniões presenciais, avaliando a experiência e o impacto na negociação.
Monitorar esses indicadores permite ao gestor comprovar o ROI das viagens e ajustar os critérios de aprovação para garantir que cada real investido esteja conectado a oportunidades de receita.
Leia mais em: 15 indicadores na gestão de viagens corporativas para se atentar.
Como a VOLL ajuda a conectar viagens corporativas aos resultados de receita
É papel do gestor de viagens mostrar o impacto de cada deslocamento nos resultados do negócio e contar com o parceiro certo faz toda a diferença nesse processo.
A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e reúne em uma única plataforma tudo o que o gestor precisa atingir e reportar resultados, transformando seu programa de viagens em um verdadeiro motor de crescimento para a empresa.
Ao centralizar reservas, políticas e relatórios, a VOLL permite ao gestor comprovar como os deslocamentos contribuem para a geração de receita e para o cumprimento das metas estratégicas da organização, ao mesmo tempo em que garante o controle do orçamento do programa de viagens.
Para apoiar o desafio de transformar viagens em alavancas de receita, a VOLL ainda oferece funcionalidades como:
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Políticas configuráveis de aprovação: Definição de faixas e gatilhos baseados em ticket, estágio do funil e perfil do cliente.
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Integração direta com CRM: Dados de oportunidades sincronizados para priorizar viagens com maior probabilidade de fechamento.
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Relatórios de ROI e KPIs estratégicos: Dashboards que conectam custos a indicadores como conversão por visita, custo por venda e tempo de ciclo.
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Apoio consultivo especializado: Account managers que atuam junto a Vendas e Finanças na definição de critérios de classificação.
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Centralização operacional: Reservas, itinerários e comprovantes em um único ambiente digital, com rastreabilidade total.
Com a VOLL como parceira, o gestor deixa de tomar decisões baseadas em percepções e passa a contar com dados consistentes para justificar cada viagem, e o resultado na receita é praticamente imediato. Não é à toa que grandes empresas como Itaú, Nubank, Ifood e outras centenas já contam com a VOLL para elevar a maturidade da sua gestão de viagens e despesas. Aproveite e confira alguns cases de sucesso.
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