Seguro viagem corporativo pós-pandemia: novas coberturas e gaps de duty of care
Entenda como a pandemia transformou as exigências de seguro nas viagens corporativas e o que o gestor precisa garantir em termos de cobertura, SLA e compliance.
O cenário de riscos em viagens corporativas mudou de forma permanente após a pandemia de COVID-19, que expôs fragilidades em apólices tradicionais de seguro, colocou o duty of care no centro das discussões e forçou empresas a reavaliarem como protegem seus colaboradores em deslocamento.
Hoje, mais do que um item de checklist, o seguro viagem corporativo se tornou uma peça estratégica na gestão de despesas corporativas e na prevenção de crises. Coberturas antes opcionais — como evacuação médica, assistência por telemedicina e cancelamentos por eventos de força maior — passaram a ser exigência mínima em muitas RFPs e auditorias internas.
Neste conteúdo, reunimos as principais mudanças que impactam o seguro pós-pandemia, o que considerar ao negociar novas apólices e como alinhar esse serviço com as demandas de gestão de viagens corporativas modernas, em especial em operações globais.
O que mudou nos seguros corporativos após a pandemia
A pandemia redefiniu o conceito de proteção em mobilidade corporativa. Mesmo com a retomada dos deslocamentos, os impactos seguem moldando exigências contratuais e expectativas dos viajantes.
Alguns dos principais pontos de atenção que se tornaram padrão nas apólices modernas são:
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Cobertura para pandemias e surtos locais: Inclui tratamento para COVID-19 e outras doenças infecciosas, além de despesas com testagens, quarentenas e remarcações.
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Evacuação médica de emergência: Com o objetivo de garantir transporte rápido para centros médicos qualificados em caso de crise sanitária, acidentes ou instabilidade no destino.
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Atendimento remoto e multilíngue: A telemedicina se consolidou como canal de suporte primário, com SLAs claros e suporte global.
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Cancelamentos por força maior: Cláusulas mais flexíveis agora cobrem interrupções por motivos governamentais, climáticos ou sanitários.
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Integração com plataformas de viagens e duty of care: Mais do que um seguro isolado, a empresa busca um modelo conectado à gestão de mobilidade e compliance.
Com essas mudanças, os gestores de viagens corporativas passaram a ter papel mais ativo na definição das apólices e na escolha do parceiro segurador, buscando coberturas mais específicas, processos mais ágeis e métricas claras de desempenho.
Leia mais em: Duty of Care: o que é, como funciona e sua importância.
O que o gestor precisa saber sobre cobertura global e processo de sinistro
Para empresas com operações internacionais, a abrangência da apólice não pode se limitar a regiões específicas ou ter barreiras regulatórias que dificultem o acionamento em diferentes países. Cobertura global real significa que o colaborador estará protegido em qualquer localidade onde a empresa autorize viagens, com atendimento disponível e suporte acionável de forma simples.
Mas não basta ter cobertura: o processo de sinistro precisa ser ágil, rastreável e bem comunicado. Entre os pontos que o gestor de viagens deve avaliar estão:
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Prazo de acionamento: Quanto tempo o colaborador tem para abrir o sinistro e quais canais ele pode utilizar.
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Documentação exigida: Relatórios médicos, recibos, laudos ou comprovantes de voos — quanto mais simples, melhor.
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Tempo de reembolso: Métricas claras de SLA devem ser exigidas no contrato com o segurador, com relatórios periódicos.
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Suporte à empresa: Canais exclusivos para gestores (não apenas para o viajante), com visibilidade sobre incidentes em andamento e status dos atendimentos.
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Integração com duty of care e rastreamento: Idealmente, a apólice deve se conectar às ferramentas usadas pela empresa para localizar viajantes e cruzar dados de risco.
Muitos sinistros deixam de ser reembolsados por falta de clareza no processo ou erros simples de preenchimento. Por isso, capacitar os colaboradores e ter apoio do fornecedor nesse fluxo é tão importante quanto a cobertura em si.
Como negociar seguros mais eficientes em RFPs e contratos globais
Ao contratar um seguro viagem corporativo, muitos gestores focam apenas no custo da apólice, mas o diferencial real está na qualidade da cobertura, no SLA e na capacidade de resposta do fornecedor. Em processos de RFP (Request for Proposal), é essencial ir além do escopo básico e incluir critérios que reflitam os aprendizados do período pós-pandemia.
Veja o que considerar ao estruturar uma RFP:
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Exigir detalhamento por tipo de cobertura: Não aceite respostas genéricas como “cobertura para COVID-19”. Solicite valores máximos, condições de exclusão e prazos de acionamento.
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Solicitar exemplos de sinistros reais: Peça que o fornecedor apresente casos recentes atendidos, tempos de resposta e desfechos. Isso ajuda a identificar gaps que não aparecem no papel.
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Analisar SLA com indicadores práticos: Tempo médio de atendimento inicial, percentual de sinistros pagos no prazo, índice de satisfação dos viajantes e suporte multilíngue devem fazer parte da proposta.
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Confirmar integração com plataformas de viagens e duty of care: Verifique se a seguradora consegue operar de forma conectada à solução utilizada pela empresa — isso reduz falhas e melhora a rastreabilidade.
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Negociar atendimento corporativo dedicado: Em vez de um canal genérico de suporte, avalie se a seguradora oferece um gerente de conta, além de acesso a relatórios e painéis exclusivos para o gestor.
Essas medidas fortalecem o compliance da empresa e qualificam a experiência do viajante, reduzindo o tempo perdido com trâmites burocráticos em caso de emergência.
Por que a VOLL é a parceira ideal para a gestão de riscos e seguros corporativos
Na prática, o seguro viagem só cumpre efetivamente o seu papel quando está integrado à gestão de viagens corporativas. E é exatamente isso que a VOLL entrega: uma plataforma que une reservas, políticas, rastreamento e duty of care em um ecossistema conectado, onde o seguro não é um item isolado, mas parte ativa da jornada do viajante.
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Visibilidade completa da viagem e dos riscos envolvidos;
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Relatórios com indicadores de SLA, incidentes e acionamentos por região;
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E a possibilidade de conectar sua apólice global aos dados de viagem para melhorar tempo de resposta, conformidade e rastreabilidade.
Além disso, através da plataforma, os gestores têm acesso à outras diversas funcionalidades que facilitam a gestão de viagens corporativas, como controle de despesas em tempo real, integração com políticas internas, automação de aprovações e relatórios estratégicos para tomada de decisão.
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