Gestão de viagens corporativas

Vacinas e exames para viagens a trabalho: garanta proteção e evite cancelamentos

Confira as principais informações sobre vacinas e exames para garantir proteção total à saúde do seu viajante corporativo.



Vacinas e exames para viagens a trabalho: garanta proteção
11:37



A saúde dos seus colaboradores viajantes vai muito além do duty of care: é um pilar estratégico que impacta diretamente o ROI das viagens, a produtividade e o risco jurídico da empresa.

Afinal, um cancelamento de última hora, causado pela ausência de uma vacina obrigatória ou pela realização de exames fora do prazo, pode gerar custos elevados com remarcações, perda de oportunidades de negócio e até prejuízos à imagem corporativa.

Neste conteúdo, você confere as principais informações sobre vacinas, exames e comprovações de aptidão necessárias para o deslocamento a trabalho dos funcionários, garantindo que estejam aptos e protegidos para o destino.

A importância de vacinas e exames para destinos específicos

A obrigatoriedade de vacinas e exames em viagens corporativas internacionais não é uma burocracia aleatória. Trata-se de uma rede global de regras sanitárias e acordos entre países, estabelecidos para proteger tanto o viajante individual quanto a saúde pública do país de destino. 

No contexto corporativo, essa atenção é ainda mais relevante: em muitas viagens, o colaborador não está apenas em trânsito, mas sim ingressando em ambientes industriais, fábricas ou locais de trabalho com riscos ocupacionais específicos, que exigem exames e certificações de aptidão além das exigências sanitárias de fronteira.

Um erro na documentação de saúde ou vacinação pode desencadear uma série de problemas:

  • Cancelamento ou impedimento de embarque: a companhia aérea pode negar o embarque se a documentação sanitária obrigatória (como o Certificado Internacional de Vacinação) não estiver correta.

  • Impedimento de entrada no país: as autoridades de imigração podem negar a entrada do colaborador, resultando em deportação e multas para a empresa.

  • Atraso na conclusão de negócios: o tempo perdido com problemas de saúde ou documentação compromete a agenda e os objetivos da viagem.

  • Risco ocupacional: a falta de um exame específico para a função que será exercida no destino (ex: trabalho em altura, manuseio de químicos) expõe o colaborador a riscos de acidentes e a empresa a responsabilidades legais.

Principais exames e vacinas exigidos

As necessidades de saúde de um viajante corporativo são dinâmicas, variando conforme a região de destino, a situação epidemiológica atual e o tipo de trabalho que será realizado. Por isso, o gestor de viagens deve ter uma visão consolidada das exigências mais comuns.

1. Vacinas obrigatórias

  • Febre Amarela: é a vacina mais solicitada globalmente, obrigatória para entrada em diversos países da América Central, América do Sul e África que consideram o Brasil uma área de risco. Deve ser tomada com, no mínimo, 10 dias de antecedência da data da viagem, para que a imunidade seja válida tanto para a emissão do CIVP quanto para a entrada no país.

  • Meningite Meningocócica (A, C, W135, Y): exigida para viajantes que se dirigem a regiões específicas, como a Arábia Saudita (principalmente durante a peregrinação Hajj) e o "Cinturão da Meningite" na África.

  • Poliomielite: embora rara, a exigência pode ocorrer em países com risco de reintrodução da doença, especialmente em viagens de longa duração ou para regiões com instabilidade sanitária.

  • COVID-19: apesar da flexibilização em diversos países desde a pandemia, alguns ainda mantêm restrições específicas ou exigem comprovação de vacinação atualizada, especialmente durante surtos ou para entrada em locais de maior risco (como ilhas remotas ou regiões com baixa taxa de imunização).

Leia mais: Seguro viagem corporativo pós-pandemia: novas coberturas e gaps de duty of care

2. Vacinas recomendadas

  • Raiva: é altamente recomendada para viajantes que permanecerão por longos períodos em áreas rurais, trabalharão com animais ou participarão de atividades ao ar livre em regiões. 

  • Hepatite A e B: recomendadas para viajantes que se dirigem a regiões com saneamento precário, áreas rurais, zonas de conflito ou locais onde essas infecções são endêmicas. A vacina contra hepatite A é altamente indicada para destinos na Ásia, África, América Latina e Sul da Europa. Já a vacina contra hepatite B é relevante para estadias prolongadas ou situações de risco aumentado de contato com sangue ou fluidos corporais.

  • Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola): exigida por alguns países, especialmente em casos de surtos ou como requisito para ingresso em instituições de ensino ou ambientes de trabalho. Como o Brasil registrou surtos recentes de sarampo, a vacinação é recomendada e, em certos casos, pode ser exigida como medida de precaução sanitária internacional. Os Estados Unidos, por exemplo, exigem a vacinação para estudantes internacionais e candidatos a vistos de imigração.

  • Influenza (Gripe): embora não gere um CIVP, é uma medida preventiva essencial para evitar a baixa produtividade e infecções durante a viagem.

3. Exames de aptidão ocupacional (ASO)

Aqui, a gestão de viagens se encontra diretamente com a Saúde Ocupacional e o RH. Em muitos casos, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) padrão não é suficiente, e o profissional precisa de uma “aptidão para viagem” ou exames específicos conforme o destino e a atividade.

  • Exames toxicológicos: podem ser exigidos para motoristas ou operadores de máquinas em certos países.

  • Exames de imunidade: testes sanguíneos para confirmar se o viajante realmente desenvolveu anticorpos após a vacinação (ex: Anti-HBs para Hepatite B).

  • Atestado de aptidão para condições climáticas/ambientais: laudos médicos específicos para colaboradores com condições pré-existentes que se destinam a locais de altitude extrema, calor ou frio intenso.

  • Exames específicos da planta/cliente: muitas empresas multinacionais têm protocolos internos (ex: teste de audição para trabalhar em ambiente ruidoso, teste de visão específico) que precisam ser cumpridos antes da visita.

Documentações e comprovantes essenciais

Um comprovante nacional de vacinação nem sempre é aceito. Por isso, o gestor deve estar atento aos documentos que têm validade internacional. Confira abaixo os principais:

1. Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP)

O CIVP é o documento oficial que comprova a vacinação contra doenças específicas. No Brasil, ele é emitido pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é essencial, pois a carteira de vacinação nacional, por si só, não é aceita como comprovante em muitos países.

Atualmente, ele é obrigatório para a vacina contra febre amarela e pode ser emitido para outras profilaxias, conforme a exigência do país de destino. Após a vacinação em um posto credenciado (SUS ou rede privada homologada), o viajante deve solicitar a emissão do documento no Portal de Serviços do Governo Federal (gov.br) ou no aplicativo Meu SUS Digital.

O CIVP deve conter dados pessoais, data da vacinação, lote da vacina e identificação da unidade de saúde. A emissão deve ser feita com antecedência, pois a validade da vacina contra febre amarela começa a contar 10 dias após a aplicação.

2. Comprovantes de vacina

Vacinas como as de COVID-19, meningite, hepatite A/B, entre outras, geralmente possuem seus próprios comprovantes, emitidos pela clínica ou posto de saúde responsável.

No contexto corporativo, é fundamental que a empresa disponha de um modelo padrão de tradução juramentada ou, no mínimo, uma tradução simples, caso o país de destino não aceite o documento original em português.

3. Atestados médicos e laudos

Atestados de aptidão (clínicos ou ocupacionais) e resultados de exames (laboratoriais ou toxicológicos) devem ser emitidos em papel timbrado e assinados por um profissional de saúde.

Recomenda-se incluir uma versão em inglês e/ou no idioma oficial do país de destino, devidamente assinada e carimbada pelo médico, para facilitar a checagem por autoridades locais.

Cronograma de lembretes de saúde para viajantes

O gerenciamento de saúde do viajante deve ser uma rotina integrada, com alertas automáticos para evitar esquecimentos ou imprevistos.

Antes de tudo, a gestão de viagens, em parceria com a Saúde Ocupacional e o RH, deve manter um perfil de saúde básico de cada colaborador elegível para viagens.

Crie um registro centralizado que inclua:

  • Histórico de ASOs (com datas de validade);

  • Lista de vacinas básicas e suas respectivas validades;

  • Condições de saúde pré-existentes.

Com esse controle em mãos, torna-se mais fácil aplicar o modelo de cronograma sugerido abaixo:

6 meses antes da viagem: vacinas de longo prazo

Algumas vacinas exigem um esquema de múltiplas doses ou aplicação com grande antecedência. Por isso, envie um alerta ao viajante sobre vacinas com esquema de doses, como a hepatite B (que exige três aplicações) ou vacinas sazonais, garantindo tempo hábil para completar o ciclo.

3 meses antes da viagem: CIVP

Ao solicitar uma viagem, este é o prazo ideal para iniciar a checagem das exigências sanitárias específicas. O gestor deve cruzar o destino com a lista de vacinas obrigatórias e orientar o colaborador a tomar as vacinas necessárias. Assim, a solicitação do CIVP poderá ser feita com antecedência e tranquilidade.

1 mês antes da viagem: exames e laudos

Para viagens que envolvam visitas a plantas industriais ou atividades com riscos específicos, programe os exames ocupacionais com base nos riscos do local de destino ou nas normas internacionais do cliente. Este é o prazo de segurança para obter os resultados, emitir os laudos e, se necessário, providenciar a tradução juramentada.

Integração entre saúde e tecnologia

Uma gestão de viagens de alta performance exige visibilidade, automação e inteligência de dados. Para integrar com sucesso o complexo cenário de vacinas, exames e compliance internacional, é preciso contar com uma agência parceira que vá além da reserva de voos e hotéis.

A VOLL, maior agência de viagens corporativas digital da América Latina, oferece uma solução completa e a expertise necessária para blindar suas viagens contra imprevistos relacionados à saúde e documentação.

Facilitamos a conexão do perfil do viajante com os dados essenciais de saúde ocupacional, permitindo que informações como ASOs e vacinas estejam sempre acessíveis e atualizadas. Isso pode ser realizado por meio de integração via API com sistemas de RH, por exemplo.

Além disso, em caso de imprevistos no destino, o viajante tem acesso a suporte especializado 24 horas por dia, que pode orientá-lo sobre a rede credenciada e auxiliar na obtenção da documentação médica necessária.

Nossa equipe atua como consultora, ajudando na criação ou atualização da política de viagens da empresa, incluindo cláusulas claras sobre vacinas, exames e responsabilidades do colaborador. Assim, seu programa de viagens se mantém alinhado com as melhores práticas de duty of care.

Se você busca uma gestão de viagens e despesas de ponta, com foco na segurança dos viajantes e na redução de custos, a VOLL é a solução ideal.

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