Transparência de custos: como incluir o T&E no processo orçamentário corporativo
Saiba como incluir as despesas de viagem no orçamento corporativo com previsibilidade e segurança de maneira integrada.
Em um mundo cada vez mais conectado, a necessidade de reuniões presenciais, participação em feiras e eventos e prospecção de novos mercados permanece essencial.
Entretanto, essa relevância também traz custos, comumente chamados no meio corporativo de T&E, sigla para Travel & Expense (Viagem e Despesas).
Esse conceito abrange todos os custos relacionados a viagens a trabalho, como transporte, hospedagem, alimentação e quaisquer outras despesas ligadas aos deslocamentos.
A complexidade do T&E está no fato de que são custos descentralizados: vários funcionários em diferentes locais, utilizando serviços variados de diversos fornecedores, geram uma infinidade de transações. E sem um controle rigoroso, o T&E pode se transformar em um grande gargalo financeiro.
Por isso, o desafio dos CFOs e gestores de viagem é claro: como integrar o Travel & Expense (T&E) no processo orçamentário corporativo de forma estratégica, transparente e eficiente?
É sobre isso que vamos debater neste artigo. Acompanhe!
Os impactos de T&E no OPEX da empresa
O OPEX (Operational Expenditure), ou despesas operacionais, representa os gastos contínuos de uma empresa para manter suas operações.
As despesas de T&E fazem parte do OPEX porque são recorrentes e necessárias para a operação do negócio, e não se traduzem diretamente em ativos permanentes (como no caso do CAPEX, ou Capital Expenditure).
O fato é que o T&E tem um enorme poder de desequilibrar o orçamento se não for bem planejado, pois costuma ser uma despesa:
-
Difícil de prever com exatidão, já que varia conforme a sazonalidade, urgência das viagens ou agendas externas;
-
Fragmentada entre diferentes centros de custo, áreas e colaboradores, dificultando o controle;
-
Vulnerável a desperdícios, fraudes ou não conformidades, especialmente em processos manuais;
-
Subestimada, quando não há uma política de viagens clara ou um sistema centralizado de gestão.
Com todas essas especificidades, quando as despesas de viagem não são monitoradas em tempo real e as projeções são pouco assertivas, o departamento financeiro precisa lidar com muitos impactos negativos, como:
-
Estouros de orçamento;
-
Impossibilidade de projetar o fluxo de caixa com precisão;
-
Falta de visibilidade em relação ao dinheiro;
-
Tomada de decisão prejudicada.
Afinal, sem dados concretos, é impossível otimizar custos de forma inteligente.
Como garantir transparência no processo orçamentário de T&E
Todos os impactos listados anteriormente são fruto de um principal problema: a falta de transparência e previsibilidade. Para garantir essas qualidades, é possível implementar algumas boas práticas:
Defina uma política de viagens clara
A política deve detalhar o que é permitido, os limites de gastos, os procedimentos de aprovação, os fornecedores preferenciais e as diretrizes para despesas reembolsáveis. Essa definição evita gastos “desenfreados”.
Integre viagens e despesas em uma só plataforma
A tecnologia é o principal facilitador da transparência. Uma plataforma que integre reservas, aprovações, relatórios de despesas e reembolsos é capaz de eliminar processos manuais, reduzir erros e oferecer uma fonte única de dados.
Leia mais: Por que integrar sistemas de gestão de viagens e despesas?
Promova treinamentos
Garanta que todos os colaboradores que viajam ou aprovam viagens entendam a política de T&E e saibam como usar as ferramentas disponíveis. Workshops, materiais educativos e tutoriais podem ser muito úteis para evitar gastos fora da política.
Acompanhe e compartilhe resultados
Compartilhe os relatórios de T&E com as partes interessadas, como CFOs e líderes de departamentos. Isso não só aumenta a responsabilidade, mas também ajuda todos a entenderem o impacto de suas decisões nos gastos da empresa.
Otimize o fluxo de aprovação
Para otimizar fluxos de aprovação de despesas de viagem, defina claramente as responsabilidades dentro da política da empresa, especificando quem é responsável por aprovar cada solicitação e em qual nível hierárquico.
Além disso, é recomendável automatizar as solicitações por meio de plataformas digitais, permitindo que os colaboradores realizem pedidos de forma mais ágil e organizada. A integração das políticas nessa plataforma também é fundamental, de modo que ela aplique automaticamente as diretrizes da empresa e alerte sobre quaisquer desvios.
Por fim, é importante garantir visibilidade ao processo, permitindo que tanto o solicitante quanto o aprovador acompanhem, em tempo real, o status da solicitação e, caso haja alguma inconformidade com a política, que o ponto de divergência seja claramente indicado.
Estabeleça KPIs claros
Defina quais KPIs serão monitorados e com que frequência. Isso permite acompanhar o progresso e identificar áreas de melhoria. Vamos falar mais sobre isso no tópico a seguir!
KPIs essenciais para o monitoramento de T&E
Para que as previsões de T&E sejam assertivas, é preciso ir além do simples “quanto gastamos”. O monitoramento de KPIs específicos oferece insights importantes que permitem acompanhamento e previsibilidade:
-
Custo médio e total por viagem: permite identificar variações e tendências nos gastos gerais.
-
Custo médio por funcionário: ajuda a entender o perfil de gasto de cada colaborador ou departamento.
-
Gastos por categoria (aéreo, hospedagem, alimentação): revela os serviços que mais demandam gastos e onde há oportunidades de economia.
-
Taxa de conformidade com a política: mede o quão bem os colaboradores estão seguindo as diretrizes internas, identificando a quantidade de solicitações dentro e fora dos padrões e por quais motivos.
-
Economia por negociação: quantifica o impacto das negociações com fornecedores (passagens aéreas, hotéis, aluguel de carros).
-
Tempo de processamento de reembolso: indica a eficiência do processo de reembolso e se ele está dentro dos prazos acordados na política.
-
Número de viagens por período: ajuda a prever futuras demandas e a alocar recursos adequadamente, de acordo com tendências e sazonalidades.
Ao acompanhar esses KPIs regularmente, sua empresa pode tomar decisões inteligentes 100% baseadas em dados e fatos, ajustando suas políticas de viagens e otimizando seus gastos com T&E de forma contínua.
Leia mais: Indicadores econômicos para gestão de TM&E
Como inserir previsões de T&E no orçamento corporativo
Agora que você tem uma base sólida sobre o tema, é hora de inserir, de fato, previsões de T&E no orçamento da empresa. Essa não é uma tarefa isolada e exige um processo estruturado, colaborativo e totalmente integrado para garantir a saúde financeira. Confira algumas dicas de como fazer isso na prática:
Analise o histórico
Comece analisando os dados históricos de T&E dos anos anteriores. Isso oferece uma base sólida para entender padrões de gastos, picos de atividade e categorias de despesas mais significativas.
Aqui, o trabalho será muito mais simples se sua empresa contar com plataformas integradas de viagens e despesas, que permitam extrair relatórios detalhados segmentados por departamento, projeto, tipo de viagem e colaborador, por exemplo.
Mas lembre-se de que o histórico é um ponto de partida, e o planejamento futuro deve considerar possíveis mudanças no cenário da empresa.
Alinhe orçamento e objetivos
As previsões de T&E devem estar diretamente alinhadas com os objetivos estratégicos da empresa para o período em planejamento. Algumas perguntas que podem guiar esse passo são:
-
Expansão: haverá abertura de novas filiais, prospecção em novos mercados ou aumento no número de equipes de vendas que exigirão mais viagens?
-
Projetos: existem projetos de grande porte que demandarão deslocamentos frequentes de equipes ou visitas a clientes e fornecedores?
-
Eventos e feiras: a empresa planeja participar ou patrocinar grandes eventos que implicarão custos de viagem e hospedagem?
-
Crescimento: qual é a projeção de contratações que impactarão o número de viajantes?
Perceba que grande parte dessas perguntas só poderá ser respondida por outros departamentos e líderes. Por isso, proponha uma abordagem colaborativa para essa construção, em que cada área compartilhe suas ações previstas.
Defina diferentes cenários e projeções
Essa dica pode parecer contraditória, mas é muito importante: não se limite a uma única previsão.
Crie cenários diferentes para o T&E, considerando, uma abordagem otimista (com crescimento robusto, mais viagens de vendas, expansão de mercados), outra realista (crescimento moderado e estimativas mais conservadoras) e, por fim, uma abordagem conservadora (com restrições de custos e possível desaceleração).
Dessa forma, você estará preparado para diferentes situações, o que facilitará o reajuste das ações conforme necessário.
Ajuste, se necessário
Como mencionado no início do artigo, as viagens trazem despesas imprevisíveis, suscetíveis a mudanças e flutuações.
Por isso, busque encontrar o equilíbrio entre previsibilidade e flexibilidade, fazendo ajustes quando mudanças significativas ocorrerem.
Mudanças no cenário econômico, como inflação e flutuação cambial, novas oportunidades de negócio ou cortes de custos inesperados são alguns exemplos de situações que exigirão flexibilidade.
A tecnologia a favor do T&E
Todas as boas práticas mencionadas ao longo deste conteúdo podem ser implementadas de maneira muito mais simples com o auxílio da tecnologia.
Afinal, processos manuais dificultam a integração de despesas, a automatização de políticas e o acompanhamento estratégico de dados e resultados.
Se você deseja que o T&E seja parte integrante do processo orçamentário, o melhor caminho é utilizar uma plataforma que unifique a gestão de viagens e despesas, como a VOLL.
A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e, com tecnologia própria e exclusiva, integra viagens, mobilidade e despesas em uma única solução robusta e intuitiva.
Na gestão de viagens, o colaborador pode solicitar e gerenciar reservas em poucos cliques, com aplicação automatizada das políticas de viagens. Gestores podem personalizar regras e limites conforme cargos e departamentos, definir fluxos de aprovação e acompanhar relatórios detalhados para aprimorar continuamente o programa de viagens.
Já na gestão de despesas, os clientes VOLL contam com a VOLL Wallet, o sistema de gestão de despesas corporativas mais eficiente do mercado. Ele permite o controle completo de meios de pagamento, reembolsos, adiantamentos e cartões corporativos, integrados a um sistema de prestação de contas em tempo real.
A inteligência artificial exclusiva da VOLL aplica automaticamente os controles personalizados antes e depois de todos os pagamentos, garantindo total conformidade orçamentária.
Além disso, a solução automatiza e agiliza todo o processo de reembolso de despesas de viagem: sua empresa define as regras de solicitação de reembolso e os fluxos de aprovação e, estando tudo dentro da política, as despesas são reembolsadas pela VOLL e faturadas mensalmente em um único pagamento.
E tem mais: se sua empresa utiliza um ERP, a API da VOLL permite integração total entre sistemas, garantindo que as despesas de viagem e a gestão financeira caminhem juntas, de forma automática. Isso agiliza processos, evita erros manuais e assegura a confiabilidade das informações, permitindo a construção de orçamentos mais assertivos.
Quer ter todos esses benefícios? Entre em contato com os especialistas da VOLL e transforme sua gestão de despesas de viagem!