Compensação de carbono via créditos de reflorestamento nacional: opção além do SAF
O Brasil possui uma das maiores ofertas de créditos florestais do mercado voluntário global e pode ajudar sua empresa à manter uma operação de viagens corporativas mais sustentável.
Embora a agenda ESG já seja uma prioridade para muitas empresas, em viagens corporativas ainda há um longo caminho a percorrer. Voos, deslocamentos e hospedagens geram emissões que precisam ser quantificadas e, sempre que possível, compensadas.
A boa notícia é que já existem caminhos acessíveis e viáveis para empresas que querem neutralizar suas emissões de forma alinhada à realidade brasileira — como os créditos de carbono de reflorestamento.
Enquanto o uso de SAF (combustível sustentável de aviação) ainda enfrenta barreiras de custo e disponibilidade, a compensação via créditos florestais de projetos certificados no Brasil desponta como uma alternativa prática, transparente e com forte impacto socioambiental. Além de cumprir metas de descarbonização, essa estratégia reforça o compromisso com a proteção de biomas estratégicos como a Amazônia e o Cerrado.
O que é crédito de carbono
O crédito de carbono representa a compensação de uma tonelada de CO₂ equivalente que deixa de ser emitida ou é removida da atmosfera por meio de ações certificadas, como reflorestamento, preservação de florestas nativas ou tecnologias de captura. No contexto das viagens corporativas, esses créditos permitem neutralizar as emissões associadas a trechos aéreos, locações de veículos e hospedagens, promovendo uma operação mais sustentável e alinhada às metas ESG da empresa.
SAF x créditos florestais: caminhos diferentes para a mesma meta
O SAF (Sustainable Aviation Fuel) é frequentemente citado como solução para descarbonizar a aviação, mas sua adoção ainda é limitada no Brasil. Além do alto custo, o acesso ao combustível sustentável depende da malha aérea e das políticas das companhias.
Os créditos de carbono de reflorestamento nacional, também chamados de offset florestal, por outro lado, oferecem uma alternativa complementar e mais acessível, especialmente para compensar viagens domésticas.
Projetos brasileiros certificados removem CO₂ da atmosfera ao restaurar áreas degradadas ou conservar florestas nativas. Eles também geram benefícios como proteção da biodiversidade e inclusão social.
Para empresas com compromissos ESG, optar por créditos florestais significa investir em uma solução local com rastreabilidade e impacto mensurável, alinhada à realidade operacional e orçamentária.
Leia também: Como incluir práticas de sustentabilidade na política de viagens corporativas.
O mercado voluntário brasileiro: Amazônia, Cerrado e projetos certificados
O Brasil possui uma das maiores ofertas de créditos florestais do mercado voluntário global. Projetos no bioma Amazônico e no Cerrado são desenvolvidos por organizações que seguem metodologias reconhecidas internacionalmente, como VCS (Verra) e Gold Standard. Esses créditos podem ser adquiridos diretamente ou por meio de plataformas especializadas, com certificações que atestam a origem e o impacto ambiental e social da iniciativa.
Além disso, a compra pode ser feita em etapas, permitindo adaptar o investimento ao volume de viagens ou a metas progressivas da empresa. É possível adquirir créditos específicos para rotas domésticas, que geralmente têm custo mais acessível por tonelada de CO₂ compensada, contribuindo para a redução de barreiras na adoção dessa prática.
Como funciona a aquisição e o registro dos créditos florestais
O processo de compra de créditos de carbono florestais é simples e pode ser integrado à rotina da área de T&E. Após identificar o volume estimado de emissões (geralmente com base nos trechos voados e número de passageiros), a empresa escolhe um projeto certificado para adquirir os créditos equivalentes. Essa compensação pode ser registrada em nome da empresa, com emissão de certificados numerados e rastreáveis nas plataformas que gerenciam os projetos.
A contratação pode ser pontual — como em viagens de grandes eventos — ou recorrente, criando uma rotina mensal ou trimestral de compensação. Esse modelo flexível permite que empresas com poucos deslocamentos ou com metas ESG ainda em fase inicial também participem do mercado voluntário.
Leia também: Checklist ESG em viagens corporativas: por onde começar.
Como comunicar a compensação para investidores e colaboradores
Neutralizar emissões é uma conquista relevante que deve ser comunicada de forma estratégica. As empresas podem incluir as ações de compensação nos relatórios ESG, apresentações para investidores e materiais institucionais, demonstrando compromisso com sustentabilidade em viagens corporativas. A comunicação também pode ser feita diretamente aos colaboradores, com indicadores claros do impacto gerado.
Algumas empresas adotam dashboards internos que mostram a quantidade de toneladas de CO₂ compensadas por área ou centro de custo, promovendo engajamento e transparência. Isso reforça uma cultura organizacional alinhada aos compromissos ESG e estimula a adesão às políticas de viagem sustentáveis — como escolhas por voos diretos e modais de menor emissão, por exemplo.
KPIs de sustentabilidade: como medir o impacto da compensação
A adoção de créditos de carbono florestais permite criar uma série de indicadores de desempenho sustentáveis. Os principais KPIs incluem:
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Toneladas de CO₂ compensadas: Indicador central para mensurar o impacto da iniciativa;
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Custo médio por tonelada: Ajuda a avaliar a eficiência financeira da estratégia de offset;
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% de viagens compensadas: Mostra o grau de cobertura da política de neutralização;
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Comparativo ano a ano: Permite demonstrar evolução do programa e justificar investimentos crescentes.
Esses indicadores podem ser integrados aos relatórios da área de gestão de viagens ou do comitê ESG, apoiando decisões estratégicas e auditorias internas.
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Com parceiros de credibilidade no mercado voluntário nacional, a VOLL conecta as empresas a projetos com impacto ambiental e social comprovados, além de apoiar desde o cálculo das emissões até a aquisição e registro dos créditos florestais, com total rastreabilidade.
Assim, ao adotar a VOLL, os gestores contam com uma operação de viagens eficiente, sustentável e com total governança, sem abrir mão da experiência do viajante.
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