Gestão de viagens corporativas

Como controlar viagens canceladas sem aviso ao gestor

Os cancelamentos silenciosos geram prejuízos e distorcem o orçamento. Saiba identificar esses casos, recuperar créditos e evitar perdas no programa de viagens.



Como controlar viagens canceladas sem aviso ao gestor
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A gestão de viagens corporativas avançou em controle e transparência, mas ainda convive com um tipo de perda difícil de enxergar nas planilhas: as despesas “invisíveis”. Entre elas, está o cancelamento silencioso, que acontece quando o colaborador decide não embarcar, mas não comunica o gestor ou a área responsável.

Esse comportamento parece pontual, porém pode se acumular e criar perdas relevantes: tarifas não reembolsáveis, créditos expirados, multas não aproveitadas e distorções no planejamento de gastos. Para identificar esses cancelamentos, é fundamental que a empresa defina processos claros e organize uma rotina de conferência, especialmente se o volume de deslocamentos for alto.

A seguir, mostramos como o cancelamento silencioso acontece na prática, os sinais de alerta, o workflow ideal de verificação, formas de cobrança interna e como medir o impacto financeiro real desses casos. Confira!

Como o cancelamento silencioso acontece

O cancelamento silencioso costuma surgir em situações de rotina. O colaborador decide não viajar por mudança de agenda, indisponibilidade, conflito de prioridades ou até por achar que é possível resolver a demanda de outra forma, mas não registra a alteração no sistema nem informa o gestor. 

Como o bilhete ou a reserva já foram emitidos, o fornecedor mantém a cobrança e, sem aviso prévio, a empresa perde a chance de recuperar o crédito ou negociar a remarcação.

Esse comportamento é mais comum quando o processo de comunicação interna não é claro ou quando o colaborador não compreende o impacto financeiro da desistência. Em muitos casos, o cancelamento só aparece semanas depois, ao analisar o extrato da companhia aérea ou da rede hoteleira, já com multas aplicadas ou créditos próximos do vencimento.

Quando não há um ponto de checagem no fluxo operacional, esses cancelamentos passam sem registro e criam um efeito acumulativo. A empresa perde visibilidade sobre a viagem, o orçamento fica distorcido e o gestor só descobre o problema quando o fornecedor já contabilizou o valor como utilizado. 

Esse intervalo entre a desistência e a identificação do caso é justamente o que torna o cancelamento silencioso tão difícil de controlar.

Sinais de alerta no extrato do fornecedor

Algumas informações dos extratos de companhias aéreas, hotéis e locadoras ajudam a identificar cancelamentos silenciosos antes que o prejuízo aumente. 

Entre os principais sinais de alerta estão:

  • Bilhete marcado como “no-show”: Indica que o passageiro não embarcou e que a companhia provavelmente aplicou multa ou converteu o valor em crédito.

  • Crédito sem utilização após a data programada da viagem: Quando o crédito permanece ativo após a data original, é um indício de que o colaborador não voou.

  • Reserva de hotel com cobrança integral sem registro de check-in: Mostra que a diária não foi utilizada e que não houve comunicação prévia para cancelamento.

  • Cobrança de remarcação sem registro de nova data: Sinaliza que houve mudança não informada ao gestor, com custo incluído sem justificativa formal.

  • Diárias ou locações encerradas antes do previsto: Se a devolução ou saída ocorreu no mesmo dia da chegada, pode indicar desistência não reportada.

  • Ausência de comprovantes de viagem associados ao centro de custo: Falta de recibos, notas ou documentos sugere que a viagem não aconteceu.

Leia também: Bilhetes não voados: como gerenciar, melhores práticas e regras operacionais.

Como montar um workflow simples de confirmação

Um fluxo de confirmação ajuda o gestor a identificar cancelamentos silenciosos antes que os créditos expirem ou que multas sejam consolidadas. A lógica pode ser aplicada por empresas de qualquer porte e funciona como uma rotina de validação pós-emissão.

O workflow pode consistir em:

  • Enviar uma checagem automática ou manual antes da viagem: Um lembrete por e-mail ou sistema confirma com o colaborador se a viagem segue ativa.

  • Validar o status do bilhete com o fornecedor: Companhias aéreas e hotéis permitem consultar a situação da reserva, o que evita surpresas após a data prevista.

  • Registrar o retorno do colaborador: A confirmação deve ficar registrada no sistema ou planilha para que a área de viagens tenha um histórico confiável.

  • Criar um prazo para resposta: Estabelecer um limite de 24 ou 48 horas garante agilidade e reduz a perda de créditos.

  • Acionar o gestor direto em caso de ausência de resposta: Se o colaborador não confirmar, o gestor é envolvido para validar se a viagem ainda faz sentido.

Como cobrar a área ou o colaborador responsável

Quando um cancelamento silencioso é identificado, o gestor precisa formalizar o caso sem criar desgaste interno, adotando processos que tenham como objetivo reduzir ambiguidades, facilitar auditorias e incentivar a responsabilidade de cada área nas decisões que impactam o orçamento.

Para fazer a cobrança, o gestor deve:

  • Reunir todas as evidências do caso: Extrato do fornecedor, status da reserva, datas e valores ajudam a mostrar o impacto real da desistência não informada.

  • Confirmar com o colaborador o motivo da não utilização: A pergunta deve ser direta e sem julgamento, buscando apenas entender se houve mudança de agenda não registrada.

  • Notificar o gestor imediato: A liderança da área deve estar envolvida sempre que houver perda financeira ou repetição do comportamento.

  • Registrar o ocorrido no histórico do centro de custo: Isso facilita auditorias futuras e ajuda a identificar padrões de cancelamento ao longo do ano.

  • Reforçar o procedimento de comunicação: Uma cobrança clara deve vir acompanhada de orientação sobre como reportar cancelamentos da forma correta. 

Saiba como ter uma comunicação eficiente na gestão de viagens corporativas.

Como medir o impacto financeiro dos cancelamentos silenciosos

Mensurar o impacto financeiro é essencial para entender o tamanho real das perdas e para justificar ajustes de política. A análise pode ser feita com poucos indicadores, desde que sejam aplicados de forma consistente.

As principais métricas que o gestor deve observar para ter uma visibilidade real sobre o problema são:

  • Número de cancelamentos não reportados: O ponto de partida é quantificar quantas viagens foram canceladas sem aviso. O cálculo combina extratos dos fornecedores e registros internos do programa de viagens.

  • Volume de créditos acumulados por cancelamento: Identificar quanto foi convertido em crédito permite avaliar se a empresa está deixando valores expirar por falta de acompanhamento.

  • Percentual de créditos perdidos: Monitorar o que venceu sem uso mostra o impacto direto no orçamento e ajuda a demonstrar a necessidade de controles mais firmes.

  • Valor recuperado após intervenção do gestor: Quando o cancelamento é identificado a tempo, parte das tarifas pode ser reembolsada ou remarcada, e esse valor deve ser registrado como recuperação.

  • Perdas totais por centro de custo: Consolidar as informações por área ajuda a identificar onde o comportamento se repete e quais equipes precisam de reforço de comunicação.

  • Tempo médio entre o cancelamento e a identificação do caso: Quanto maior o intervalo, maior o risco de perder créditos. Esse indicador revela a eficiência do fluxo de confirmação.

Como a VOLL reduz perdas com cancelamentos silenciosos

A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e combina tecnologia e atendimento consultivo para dar ao gestor visibilidade completa sobre o ciclo da viagem. 

Como todas as informações passam por uma única plataforma integrada, o gestor tem clareza sobre o que foi emitido, o que foi utilizado e o que precisa de intervenção. Esse ecossistema unificado evita falhas de comunicação, reduz prejuízos e facilita a identificação de cancelamentos não reportados. 

Para auxiliar a gestão sobre o ciclo de cada viagem, a VOLL oferece funcionalidades como:

  • Visibilidade operacional em tempo real: A plataforma mostra o status de cada viagem, incluindo emissão, check-in, remarcações e utilização do bilhete, permitindo detectar rapidamente quando uma viagem prevista não ocorreu.

  • Identificação automática de no-show e créditos gerados: Bilhetes não voados são sinalizados, facilitando a recuperação de créditos e reembolsos dentro dos prazos de cada companhia.

  • Centralização de informações de todos os fornecedores: Dados de companhias aéreas, hotéis e locadoras aparecem em um só lugar, reduzindo divergências e agilizando a conferência de extratos.

  • Dashboard financeiro com foco em perdas evitáveis: O gestor visualiza créditos disponíveis, valores recuperados, passagens não utilizadas e padrões por área, o que fortalece decisões de política e orçamento.

  • Atendimento consultivo especializado: As equipes de account management ajudam a interpretar dados, identificar comportamentos de risco e sugerir ajustes nos processos internos.

  • Fluxos claros de aprovação e comunicação: A plataforma conecta viajantes, gestores e áreas financeiras, evitando que cancelamentos fiquem fora do radar.

Além da visibilidade operacional e dos controles financeiros, a VOLL se destaca pelos resultados obtidos com empresas que enfrentavam perdas recorrentes por falta de transparência no ciclo da viagem. Em diversos programas de médio e grande porte, a recuperação de créditos não utilizados e a redução de no-show passaram a fazer parte do planejamento mensal após a adoção da plataforma.

A experiência do viajante também melhora. Com notificações claras, check-in facilitado e comunicação integrada entre viajante, gestor e financeiro, o risco de desencontros diminui e o colaborador compreende melhor seu papel no processo. 

Para saber como aplicar esses recursos no seu programa de viagens corporativas, fale com a equipe da VOLL.

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