O que saber antes de usar celular com MDM em viagens corporativas
O uso de celulares com MDM em viagens corporativas reforça a segurança dos dados, permitindo ao TI aplicar políticas e manter o controle dos dispositivos em qualquer destino.
Existem diversos tipos de viagens corporativas que demandam cuidados especiais. Em alguns casos, o risco não está apenas no itinerário, mas no ambiente digital em que o colaborador vai operar.
Países com redes pouco confiáveis, regras rígidas de conectividade, alto índice de ataques cibernéticos ou vigilância sobre comunicações podem expor informações estratégicas da empresa.
Para reduzir essas vulnerabilidades, muitas organizações adotam o uso de celulares corporativos temporários, configurados com MDM (mobile device management) e liberados apenas para rotas sensíveis. Esses aparelhos permitem controlar apps, eSIM, permissões e segurança de ponta a ponta, garantindo que o viajante corporativo trabalhe com o mínimo de exposição e o máximo de proteção.
A seguir, mostramos como estruturar esse processo de forma eficiente dentro do programa de viagens corporativas. Confira!
Como funciona o Gerenciamento de Dispositivos Móveis (MDM)
O MDM (Mobile Device Management) é um sistema que permite ao time de TI controlar remotamente celulares e tablets corporativos, definindo quais apps podem ser instalados, configurando permissões, aplicando políticas de segurança, rastreando uso, bloqueando o aparelho em caso de perda e até executando limpeza completa de dados.
Ele funciona por meio de uma plataforma integrada ao dispositivo, normalmente via app de gerenciamento ou perfil corporativo instalado no sistema operacional.
A empresa não precisa desenvolver isso internamente: basta contratar uma solução especializada e configurá-la de acordo com as políticas internas. Assim, o TI gerencia os aparelhos de forma centralizada, garantindo segurança para todos os viajantes corporativos, inclusive em rotas sensíveis.
Como estruturar inventário, perfis de MDM e eSIM por rota ou país
Antes de disponibilizar celulares corporativos para viagens sensíveis, o gestor, junto ao TI da empresa, precisa ter clareza sobre quantos aparelhos existem, quais modelos estão aptos a receber MDM e quais configurações são exigidas para cada país ou rota. Isso porque esse mapeamento evita improvisos e reduz o risco de expor dados corporativos em dispositivos pessoais.
Pontos essenciais para organizar o inventário:
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Catálogo de aparelhos ativos: mantenha uma lista atualizada com modelo, número de série, capacidade e status de uso. O ideal é manter apenas os aparelhos necessários por função, organizados por departamento e com regras claras de uso e substituição.
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Perfis de MDM por região: alguns destinos exigem restrições específicas, como bloqueio de apps, uso obrigatório de VPN ou autenticações adicionais.
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Uso de eSIM para conectividade segura: facilita a troca de operadoras, reduz riscos de chips físicos e permite perfis diferentes para cada país.
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Separação de aparelhos para rotas críticas: viagens para regiões com maior exposição digital devem ter dispositivos dedicados.
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Registros de entrega e devolução integrados ao RH ou TI: assim, o gestor consegue prever demandas e antecipar necessidades.
Com um inventário estruturado, o processo de liberação dos aparelhos se torna rápido, rastreável e compatível com os padrões de segurança digital da empresa.
Quais apps são obrigatórios nos celulares corporativos temporários
Os dispositivos utilizados em viagens sensíveis precisam operar com um conjunto mínimo de aplicativos que garantam uma autenticação segura, uma comunicação protegida e o acesso controlado aos sistemas corporativos. Esses apps devem ser instalados, monitorados e atualizados via MDM, reduzindo riscos de uso inadequado ou brechas de segurança.
Principais aplicativos que devem compor o pacote obrigatório:
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MFA (autenticação multifator): protege acessos ao e-mail, VPN e ferramentas internas, mesmo em redes inseguras.
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VPN corporativa: cria um túnel criptografado para todas as conexões, evitando interceptação de dados.
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App de mensagens autorizado pelo TI: pode ser uma solução corporativa ou um mensageiro com política de criptografia definida pela empresa.
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Gestor de senhas (quando permitido): reduz o risco de senhas fracas ou repetidas.
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Aplicativos essenciais do trabalho: CRM, ERP, ferramentas de campo ou sistemas técnicos específicos, sempre configurados com as permissões mínimas necessárias.
Ao padronizar o pacote de apps, o gestor garante que todos os viajantes operem dentro das mesmas regras de segurança e com o suporte adequado da equipe de TI.
Conheça também as regras antiphishing para viajantes corporativos.
Como organizar o processo de entrega e devolução dos aparelhos
Para que os celulares temporários cumpram seu papel de proteção em viagens sensíveis, o processo de entrega e devolução precisa ser padronizado, a fim de evitar uso indevido, perdas, atrasos no preparo dos dispositivos e falhas na limpeza de dados pós-viagem.
Boas práticas para estruturar o fluxo:
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Checklist de configuração antes da entrega: confirmar MDM ativo, apps obrigatórios instalados, eSIM habilitado e restrições aplicadas conforme o destino.
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Registro formal da retirada: documento assinado pelo colaborador ou registro digital integrado ao RH, com data, rota e número do aparelho.
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Orientações de uso seguro: instruções rápidas sobre o que é permitido, como acessar VPN, como reportar incidentes e o que fazer em caso de perda.
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Devolução em até 24–48h após o retorno: reduz risco de uso fora do propósito da viagem e acelera a limpeza do dispositivo.
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Conferência pós-viagem: verificação física do aparelho, checagem de integridade e relatório automático do MDM sobre status de segurança.
Com esse fluxo documentado, o gestor garante que cada aparelho circule apenas quando necessário e sob as regras definidas pelo TI e pelo programa de viagens corporativas.
Como garantir a limpeza completa dos dados ao final da viagem
Depois da devolução do aparelho, a etapa mais crítica é assegurar que nenhuma informação corporativa permaneça no dispositivo. Em viagens sensíveis, isso é indispensável para evitar o risco de vazamento de dados, o acesso indevido a credenciais ou a exposição de conversas, arquivos e aplicativos utilizados durante o deslocamento.
O que deve fazer parte do processo de limpeza ao final da viagem:
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Apagamento remoto via MDM: restaura o aparelho às configurações de fábrica, eliminando credenciais, histórico de navegação, arquivos salvos e cookies.
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Remoção de eSIMs e perfis temporários: impede reconexões automáticas com operadoras internacionais ou perfis usados na viagem.
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Verificação manual complementar: checagem visual do aparelho para garantir que não ficou nenhum arquivo de mídia local ou captura de tela.
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Atualização do inventário: registrar que o dispositivo está “limpo e disponível”, liberando-o para futuras viagens sensíveis.
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Revisão periódica da política de retenção de dados: manter alinhamento entre TI, Segurança da Informação e áreas de negócio sobre o que pode ou não permanecer no aparelho.
Vale lembrar ainda que o MDM também permite ações remotas imediatas e o TI consegue bloquear aparelhos, detectar dispositivos fora de conformidade, identificar instalações não autorizadas, e acionar a limpeza completa à distância em casos de perda, roubo ou suspeita de comprometimento. Esse nível de controle garante que a segurança digital acompanhe o viajante corporativo durante toda a jornada, mesmo quando o aparelho não está mais fisicamente com a empresa.
Como controlar custos e conciliar gastos relacionados aos aparelhos temporários
Além da segurança digital, o uso de celulares corporativos temporários exige controle financeiro. A empresa precisa garantir que linhas, eSIMs, planos de dados internacionais e eventuais manutenções estejam registrados corretamente para evitar custos ocultos e discrepâncias entre centros de custo.
Pontos essenciais para organizar custos e conciliações:
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Cadastro do dispositivo no centro de custo correto: aparelhos destinados a rotas sensíveis devem ter um responsável financeiro definido.
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Controle dos planos e eSIMs internacionais: registrar ativações, desativações e período de uso impede cobranças indevidas após o retorno.
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Conciliação mensal com a área de Telecom ou TI: comparar faturas, consumo real e viagens realizadas ajuda a identificar linhas inativas ou cobranças duplicadas.
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Registro de substituições ou danos: custos de manutenção, troca de telas ou reposição devem ser documentados e vinculados ao projeto ou área beneficiada.
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Integração com o ERP: facilita o repasse financeiro entre centros de custo e assegura rastreabilidade para auditorias.
Manter uma gestão financeira organizada garante que o uso dos dispositivos traga segurança sem gerar desperdícios ou inconsistências no programa de viagens corporativas.
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