Como cuidar do viajante corporativo frequente para evitar cansaço excessivo e burnout

Viajar a trabalho é uma necessidade para muitas empresas, e o viajante corporativo frequente desempenha um papel essencial no crescimento dos negócios. No entanto, essa rotina intensa pode cobrar um preço alto: a saúde física e mental dos colaboradores.

O desgaste constante, a exposição a diferentes fusos horários, a distância da família, a alimentação desregrada e a falta de uma rotina de exercícios físicos podem resultar em problemas sérios, como fadiga crônica e, em casos mais graves, burnout.

Como gestor, é fundamental cuidar do bem-estar e da produtividade da sua equipe, adotando estratégias para minimizar os impactos das viagens na saúde do viajante sem comprometer os resultados da empresa. 

Continue a leitura e confira dicas para alcançar esse equilíbrio e garantir um cuidado adequado com o seu time.

Impactos das viagens frequentes na saúde do viajante

O corpo humano é programado para funcionar dentro de uma rotina, e as viagens corporativas frequentes podem dificultar esse processo.

A desorganização do sono é um dos primeiros e mais evidentes problemas: o jet lag, provocado pela mudança de fusos horários, desregula o relógio biológico, levando à insônia, sonolência diurna e irritabilidade.

Além disso, o organismo também sofre com os efeitos de uma alimentação desregrada e da ausência de atividade física. A rotina acelerada de deslocamentos pode dificultar o acesso a refeições equilibradas e inviabilizar uma prática regular de exercícios.

A saúde mental, por sua vez, também pode ser afetada. O acúmulo de horas de trabalho, muitas vezes estendidas até tarde da noite para acompanhar os fusos horários dos clientes, impede o descanso adequado e o tempo necessário para recarregar as energias.

A saudade da família e o isolamento social são outros fatores que contribuem para o desgaste emocional. A ausência em eventos familiares importantes, por exemplo, pode gerar um sentimento de desconexão e solidão.

A soma de todos esses elementos, quando ignorada, pode evoluir para a fadiga crônica — um estado de exaustão extrema que não melhora com o repouso. 

Em estágio mais avançado, esse quadro de cansaço e estresse contínuos pode levar ao burnout: uma síndrome de esgotamento profissional grave, que pode demandar meses de tratamento e recuperação.

Mapeando a jornada do viajante para agir com efetividade

Para tomar as melhores decisões, você precisa de dados. O monitoramento de indicadores-chave é uma das ações mais importantes para que o gestor compreenda a rotina de cada colaborador e aja de forma proativa. Veja quais pontos você deve acompanhar de perto para identificar sinais de alerta:

1. Horas de voo e frequência

Acompanhe a quantidade de horas que cada colaborador passa em voos, bem como a frequência das viagens. Um número elevado de deslocamentos em um curto intervalo de tempo é um forte sinal de que o profissional pode estar próximo do esgotamento.

2. Fusos horários

Fique atento às viagens que envolvem grandes variações de fuso horário, pois o jet lag é um dos principais causadores de fadiga e distúrbios do sono. Viajantes que precisam se adaptar constantemente a horários distintos correm maior risco de exaustão.

3. Custo por viajante

O custo por viajante pode funcionar como um indicador indireto de desorganização. Gastos excessivos com táxis, room service e refeições em restaurantes caros podem sinalizar uma rotina mal planejada e pouco sustentável.

4. Níveis de satisfação

Uma das métricas mais relevantes para o gestor de viagens é a satisfação da equipe. Avalie a percepção dos viajantes sobre a experiência como um todo para identificar possíveis pontos de atenção em relação à saúde do colaborador.

Essa medição pode ser feita de diferentes formas, desde pesquisas simples de satisfação até o uso de indicadores como o NPS de bem-estar.

Dicas práticas: como cuidar da saúde mental do viajante frequente?

Cuidar do bem-estar da sua equipe faz parte do conceito de duty of care, que é a obrigação ética e legal das empresas de garantir a integridade física, a saúde e a segurança dos colaboradores.

Mas, além disso, trata-se de um compromisso com a sustentabilidade e a produtividade da organização. Segundo dados do Governo Federal, os transtornos de saúde mental representam 38% de todas as licenças emitidas pelo INSS. 

Em paralelo, 48% dos trabalhadores apresentam riscos de desenvolver problemas psicológicos, de acordo com o estudo “Saúde do Colaborador 2024”.

Portanto, se você deseja manter sua equipe produtiva, motivada e engajada, aumentando a retenção de talentos e reduzindo o risco de afastamentos, é essencial implementar ações voltadas à saúde mental.

Confira algumas dicas práticas para cuidar dos seus colaboradores que viajam com frequência em nome da empresa:

1. Defina regras de descanso

É fundamental que o viajante tenha tempo para se recuperar após uma viagem longa. Estabeleça uma política clara de dias de descanso pós-viagem, especialmente em casos de deslocamentos internacionais com grandes variações de fuso horário.

A regra de “1 dia de descanso para cada 2 fusos horários” pode ser um bom ponto de partida, mas deve ser ajustada conforme a realidade da sua empresa.

Além disso, oriente as equipes a respeitarem o horário de descanso dos colegas em viagem. A comunicação deve ocorrer apenas dentro do horário de trabalho, para que o profissional possa, de fato, se desconectar e recarregar as energias.

2. Ofereça conforto em toda a jornada

Garanta que todas as etapas da viagem sejam o mais confortáveis possível. Na escolha da hospedagem, priorize locais que proporcionem um ambiente real de descanso, com itens como bom colchão, chuveiro de qualidade, isolamento acústico e, se possível, academia e opções de alimentação saudável.

Também é importante investir no conforto para a mobilidade, seja por meio de serviços de carros executivos ou categorias VIP em aplicativos de transporte.

Leia mais: Como escolher o melhor hotel em viagens corporativas? Veja 20 dicas essenciais

3. Proporcione flexibilidade

Permita que os viajantes escolham voos em horários menos apertados e adaptem suas agendas para incluir pequenas pausas de descanso. Essa autonomia demonstra confiança e ajuda a reduzir a pressão.

4. Ofereça apoio psicológico

Sua empresa pode disponibilizar programas de apoio psicológico, como sessões de terapia online ou canais de atendimento 24/7.

Incentive também o uso de aplicativos de meditação e mindfulness, além de oferecer verba ou tempo dedicado para que o viajante frequente pratique atividades físicas regularmente.

5. Incentive o “rodízio” de viajantes

Uma estratégia eficaz é distribuir as viagens entre os membros da equipe. Em vez de sobrecarregar um único profissional com as viagens mais longas e exigentes, considere implementar um sistema de rodízio.

Por exemplo: um colaborador viaja para uma reunião em outro país em um mês, e outro colega assume a próxima missão internacional. Essa prática não apenas evita a sobrecarga individual, como também promove o desenvolvimento e a autonomia de outros integrantes do time.

Além disso, incentive o uso de videoconferências e outras ferramentas de comunicação remota quando a presença física não for totalmente necessária.

Como usar a tecnologia a favor do duty of care?

Neste cenário de priorização do bem-estar, a escolha do parceiro de gestão de viagens é um fator decisivo.

A VOLL, maior agência de viagens corporativas digital da América Latina, entende que a tecnologia deve servir ao bem-estar do viajante, e não o contrário. Por isso, oferecemos soluções que empoderam o gestor a cuidar da sua equipe, como:

• Rastreabilidade do colaborador, comunicação em tempo real e monitoramento de emergências;

• Atendimento emergencial 24/7, garantindo suporte contínuo para qualquer imprevisto durante a viagem;

• Definição de fornecedores preferenciais que atendam aos requisitos de conforto da sua empresa;

• Automação de reembolsos e gestão de despesas para reduzir o estresse e a burocracia com pagamentos;

• Dashboards e relatórios inteligentes para acompanhar a frequência de viagens, os gastos por viajante e as horas de voo de forma clara e intuitiva.

Com a VOLL, seu viajante tem autonomia para planejar passagens, hospedagem e mobilidade com a tranquilidade de saber que tudo está em conformidade com as políticas internas, graças ao Farol de Compliance e à aplicação automática de regras.

Integrando mobilidade, viagens e despesas, gestores e viajantes têm acesso a todas as informações de maneira unificada na palma da mão, eliminando burocracias e transformando a experiência do colaborador.

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