Melhores rotas e hotéis: a “lista de ouro” que protege o programa de viagens
Saiba como construir e manter uma lista de forma estratégica, usando critérios objetivos e ferramentas de gestão que garantem compliance sem engessar a operação.
Encontrar fornecedores que equilibram custo, disponibilidade e qualidade é um dos maiores desafios na gestão de viagens corporativas. Afinal, nem sempre o menor preço é o que garante o melhor resultado para o negócio.
Em muitos casos, manter relações sólidas com determinados fornecedores e priorizar rotas e hotéis estratégicos é o que sustenta tarifas competitivas, assegura disponibilidade nos períodos de alta demanda e reduz riscos para o viajante.
O conceito da “lista de ouro” se refere à uma curadoria das rotas e hotéis mais críticos para a operação da empresa, criada com base em dados e revisada periodicamente para garantir que cada reserva siga as regras definidas pela política de viagens.
Essa prática dá previsibilidade aos gastos, fortalece o poder de negociação e simplifica o trabalho do gestor, que passa a ter um mapa claro de onde concentrar esforços e como agir em caso de desvios.
Desafios do gestor em relação ao orçamento
O gestor de viagens corporativas enfrenta pressões constantes para equilibrar custos e qualidade. A alta volatilidade das tarifas aéreas e diárias de hotéis, somada a fatores como sazonalidade e eventos locais, pode comprometer rapidamente o orçamento anual.
Além disso, decisões de última hora, como alterações de rota, reservas urgentes ou mudanças na hospedagem, tendem a elevar os gastos e prejudicar a previsibilidade financeira. Sem uma estratégia para concentrar volume em rotas e hotéis prioritários, a empresa perde poder de negociação e fica mais vulnerável a oscilações de preços.
Outro desafio está em garantir que a equipe siga os acordos comerciais estabelecidos. Quando não há clareza sobre quais fornecedores priorizar ou quais regras seguir, o risco de reservas fora da política aumenta, gerando desperdício e dificultando o controle de gastos.
A “lista de ouro” ajuda a reduzir esses impactos ao direcionar a operação para fornecedores estratégicos, mantendo a consistência na compra e permitindo que o gestor use os dados para negociar condições mais vantajosas ao longo do tempo.
Critérios de seleção para a lista de ouro
Embora a economia seja uma meta importante, ao definir quais rotas e hotéis entram na lista prioritária, é importante considerar fatores que vão além do preço. A seleção deve equilibrar custo, qualidade e disponibilidade para garantir que o programa de viagens seja sustentável e competitivo.
Entre os principais critérios para considerar estão:
-
Volume de utilização: Escolher rotas e hotéis que concentram a maior parte das viagens e hospedagens da empresa.
-
Risco operacional: Incluir fornecedores confiáveis, que minimizem chances de cancelamentos ou atrasos.
-
Sazonalidade e eventos: Considerar períodos de alta demanda que podem impactar tarifas e disponibilidade.
-
NPS e feedback dos viajantes: Avaliar a satisfação com cada rota e hospedagem, priorizando experiências positivas.
-
Condições comerciais: Analisar tarifas negociadas, benefícios adicionais e flexibilidade nas políticas de alteração e cancelamento.
-
Paridade de tarifas: Garantir que as tarifas contratadas sejam competitivas em relação ao mercado.
-
Localização: Selecionar hotéis próximos a clientes, eventos ou escritórios, reduzindo custos de deslocamento local.
Definição de regras por rota
Depois de selecionar as rotas prioritárias, é essencial estabelecer regras para orientar as reservas e evitar desvios que aumentem os custos, pois são elas que vão ajudar a manter o compliance e sustentam o poder de negociação com fornecedores.
Alguns pontos que devem ser considerados na hora de estabelecer essas regras são:
-
Janela de compra mínima: Definir prazos para emissão antecipada, garantindo tarifas mais baixas.
-
Classes permitidas: Estabelecer quais classes de serviço podem ser usadas (ex.: econômica para voos de até 3h e executiva para voos acima de 8h).
-
Horários prioritários: Priorizar voos que conciliam produtividade e economia, evitando horários com tarifas mais altas sem justificativa operacional.
-
Companhias preferenciais: Direcionar a escolha para companhias com as quais a empresa mantém acordos comerciais ou benefícios corporativos.
-
Flexibilidade de remarcação: Priorizar tarifas e rotas que permitam ajustes sem custo elevado, especialmente em viagens críticas.
-
Limite de conexões: Definir quando é aceitável optar por voos com escalas para reduzir custos e quando priorizar voos diretos.
Veja mais em: Revisão de rotas e destinos: como otimizar custos sem prejudicar a experiência do viajante.
Como classificar hotéis A/B/C e definir regras de uso por destino
Assim como as rotas críticas, os hotéis também precisam de uma seleção estratégica para garantir um bom equilíbrio entre preço, disponibilidade e qualidade. Criar uma classificação “A/B/C” por praça é uma forma de orientar o time e os viajantes na escolha correta.
Essa classificação pode seguir critérios como:
-
Hotéis A: Primeira opção em cada destino, com melhor relação custo-benefício, alto NPS, tarifas negociadas e localização estratégica.
-
Hotéis B: Alternativas confiáveis para períodos de alta ocupação ou indisponibilidade da opção A.
-
Hotéis C: Opções de contingência, usadas apenas em situações excepcionais (ex.: eventos e picos de demanda).
Além disso, é importante registrar:
-
Paridade tarifária: Garantir que o preço negociado seja igual ou melhor que o disponível em canais públicos.
-
Períodos de blackout: Datas específicas (como eventos e feriados) em que as tarifas e a disponibilidade mudam, exigindo ajustes de reserva.
-
Regras de cancelamento: Definir prazos e penalidades aceitáveis para evitar custos extras.
-
Revisão de qualidade: Acompanhar os feedbacks dos viajantes e ajustar a lista conforme necessário.
Playbook de desvio: quando e para onde migrar
Mesmo com uma lista de ouro, é inevitável que ocorram imprevistos, como, por exemplo, tarifas acima do combinado, falta de disponibilidade em períodos de alta demanda ou questões operacionais no hotel ou rota principal. Por isso, o gestor deve contar com um playbook de desvio que detalhe os gatilhos para acionar a troca e as alternativas já homologadas.
Esse guia evita que decisões emergenciais sejam tomadas apenas pela disponibilidade momentânea, protegendo o orçamento, a qualidade da experiência e o cumprimento da política de viagens.
Alguns casos nos quais a migração pode ser orientada são:
-
Tarifa superior em mais de X% ao valor negociado;
-
Ocupação acima de 90% no hotel ou lotação da rota principal;
-
Problemas de infraestrutura ou serviço que comprometam a segurança ou o conforto do viajante;
-
Mudança de agenda que exija nova localização ou horário;
-
Cancelamento ou alteração da rota original por parte do fornecedor.
Nesses casos, o viajante pode migrar para:
-
Hotéis e rotas B ou C previamente definidos na lista de ouro;
-
Alternativas com paridade tarifária garantida e localização estratégica;
-
Opções com NPS validado e histórico de cumprimento da política;
-
Roteiros alternativos com tempo de deslocamento aceitável e custo competitivo.
Além disso, é importante definir regras claras para escolha das alternativas, como manter a mesma categoria de hospedagem ou classe de voo, validar prazos mínimos de compra e priorizar fornecedores com quem a empresa já tenha relacionamento ativo.
Revisão trimestral com compras e operações
Uma lista de ouro só se mantém eficiente se for atualizada de acordo com a realidade do mercado e as necessidades da empresa. Por isso, realizar revisões trimestrais envolvendo as áreas de compras, operações e gestão de viagens é essencial para preservar preços, garantir disponibilidade e manter a satisfação dos viajantes.
Essas reuniões devem ir além de um simples acompanhamento de tarifas, permitindo uma análise estratégica que considere indicadores como:
-
Volume de ocupação e share por rota e hotel;
-
Cumprimento das metas de economia e compliance;
-
NPS e feedback qualitativo dos viajantes;
-
Ocorrência de desvios, indisponibilidades e acionamentos do playbook;
-
Alterações sazonais ou de agenda que impactem a demanda.
A partir desses dados, é possível renegociar contratos, ajustar a classificação de hotéis (A, B, C) e incluir ou excluir rotas conforme o desempenho e a relevância no período. Essa prática também ajuda a antecipar riscos, como alta temporada, eventos de grande porte ou flutuações cambiais, permitindo que a gestão de viagens atue de forma preventiva.
Leia também: Como renegociar contratos trimestrais com hotéis para manter tarifas competitivas.
Como a VOLL facilita a gestão da sua lista de ouro
A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e reúne em uma única plataforma integrada tudo o que o gestor precisa para administrar o programa de viagens com eficiência, governança e economia.
Parceira de grandes empresas como Itaú, Nubank, Claro, Ifood, entre outras diversas, a VOLL garante que decisões estratégicas, como a definição e manutenção da lista de rotas e hotéis prioritários, por exemplo, sejam baseadas em dados, evitando desperdícios e riscos de indisponibilidade.
Além de ser a maior referência no mercado de viagens corporativas, a VOLL tem diversos diferenciais que fazem a gestão da lista de ouro mais simples e precisa, como:
-
Plataforma integrada que centraliza aéreo, hotéis, rodoviário e mobilidade urbana;
-
IA própria que sugere opções otimizadas de acordo com política e lista de prioridades;
-
Monitoramento em tempo real de tarifas e disponibilidade, com alertas de variação;
-
Gestão de contratos e prazos de renegociação para manter tarifas competitivas;
-
Playbooks automatizados que indicam quando e para onde migrar diante de indisponibilidades;
-
Relatórios estratégicos para revisão trimestral com compras e operações;
-
Controle de compliance com bloqueios e aprovações conforme as regras definidas;
-
Atendimento VIP para executivos em deslocamentos críticos;
-
Time consultivo especializado em negociações e análise de indicadores de desempenho.
O case da Arcos Dourados, maior operadora do McDonald’s na América Latina, mostra como a definição de fornecedores preferenciais e a centralização das reservas podem transformar resultados. Com a VOLL, a empresa otimizou a gestão de múltiplos modais e fornecedores e os resultados foram um NPS de 73 e uma redução de mais de R$ 2,9 milhões em passagens aéreas — um ganho que reforça como listas curadas de rotas e hotéis estratégicos sustentam economia e consistência no atendimento aos viajantes.
Se você também quer que sua empresa tenha previsibilidade de custos, disponibilidade garantida e um controle efetivo sobre rotas e hospedagens críticas, fale com um dos especialistas da VOLL e conheça a solução que vai transformar sua gestão de viagens.