Como uma quarentena digital ajuda a reduzir riscos depois de uma viagem corporativa
Saiba como evitar ameaças cibernéticas com um protocolo pós-viagem estruturado.
Os colaboradores estão cada vez mais em trânsito, levando consigo a inteligência de suas empresas em notebooks, tablets e smartphones. Cada aeroporto, hotel ou centro de convenções representa um ponto potencial de vulnerabilidade quando se trata de segurança digital.
A conexão a redes públicas, o uso de dispositivos pessoais em ambientes compartilhados e até mesmo as inspeções de segurança em fronteiras podem abrir brechas para acessos indevidos a dados corporativos, bem como para a captura de credenciais e informações sensíveis.
Para reduzir possíveis impactos, assim como a quarentena física impede a disseminação de vírus biológicos, é possível implementar um processo de quarentena digital.
Trata-se de uma prática preventiva essencial, especialmente para empresas com alto padrão de segurança da informação, nas quais a proteção de dados é parte fundamental da governança e da reputação.
O objetivo é evitar que ameaças cibernéticas se propaguem para o ambiente corporativo.
Saiba mais sobre o assunto neste artigo!
Entendendo a exposição digital durante viagens: quais são os riscos?
Para reduzir riscos, é preciso primeiro compreender onde eles se manifestam. O viajante corporativo, por necessidade de trabalho, muitas vezes se expõe a ambientes de alto risco sem se dar conta.
Entre as situações mais comuns de exposição estão:
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Wi-Fi público em aeroportos, hotéis, cafés e espaços de coworking, onde a interceptação de dados é simples e frequente.
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Inspeções de segurança em fronteiras, nas quais autoridades podem acessar fisicamente os dispositivos, gerando riscos de instalação de softwares espiões.
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Compartilhamento de notebooks, carregadores ou pendrives, especialmente em viagens longas ou em eventos com parceiros internacionais.
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Conexões remotas via VPN em redes desconhecidas, que podem comprometer tanto o dispositivo quanto o ambiente corporativo.
Sinais de exposição ou comprometimento
Mesmo com precauções, nem sempre é possível evitar totalmente o risco. O viajante deve ser instruído a identificar sinais de que seu dispositivo pode ter sido comprometido durante a viagem. Alguns exemplos são:
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Lentidão incomum ou travamentos inesperados;
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Alertas de antivírus ou falhas frequentes de autenticação;
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Tentativas de acesso suspeito a contas corporativas;
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Alterações em configurações de segurança sem que o usuário as tenha realizado.
Ao notar qualquer um desses indícios, é fundamental adotar medidas imediatas de isolamento e comunicação com o time de TI.
O que é quarentena digital?
A quarentena digital é um conjunto de medidas aplicadas a dispositivos eletrônicos (como notebooks, smartphones e tablets) após uma viagem corporativa, com o objetivo de verificar, isolar e eliminar possíveis ameaças cibernéticas adquiridas durante o deslocamento.
O conceito segue a mesma lógica da quarentena física usada em contextos de saúde: antes de retornar à rotina normal, o indivíduo (ou, neste caso, o dispositivo) passa por uma etapa de observação e higienização para garantir que não carrega nenhum “agente contaminante”.
Durante a quarentena digital, os equipamentos permanecem temporariamente desconectados da rede corporativa e passam por verificações técnicas que incluem:
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Varredura de antivírus e antimalware com ferramentas atualizadas;
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Revisão de configurações de segurança e autenticações;
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Troca de senhas e credenciais utilizadas durante a viagem;
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Análise de logs e registros de acesso para identificar comportamentos suspeitos;
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Autorização formal do time de TI antes da reintegração ao ambiente corporativo.
A importância da quarentena digital para empresas com alto padrão de segurança
Para empresas que lidam com informações estratégicas, dados sensíveis ou propriedade intelectual, uma falha digital pode ter consequências severas. Um simples notebook infectado pode comprometer toda a rede corporativa ao se reconectar ao ambiente interno.
Os impactos vão além do aspecto técnico: um incidente cibernético pode gerar danos reputacionais, multas por não conformidade e perda de confiança de clientes e parceiros.
Empresas com maior maturidade digital já reconhecem essa necessidade. Muitas incorporaram a quarentena digital em suas políticas de compliance e gestão de viagens, criando protocolos específicos de isolamento e análise de dispositivos após deslocamentos internacionais.
Essas boas práticas reforçam a relação direta entre governança, compliance e segurança digital, demonstrando que a proteção da informação é uma responsabilidade compartilhada entre viajantes, gestores e equipes de tecnologia.
Passo a passo: como implementar a quarentena digital pós-viagem?
Esse protocolo deve ser rigoroso, documentado e liderado pelo time de TI ou Segurança da Informação. O gestor de viagens, no entanto, é o responsável por garantir que ele seja cumprido após o retorno de um deslocamento. Veja como funciona:
1. Isolamento e comunicação imediata
Ao retornar de uma viagem, o primeiro passo é não conectar os dispositivos à rede corporativa até que sejam liberados pelo time de TI. Esse isolamento inicial é essencial para evitar que uma ameaça, se presente, se propague.
Em seguida, o colaborador deve comunicar imediatamente a equipe de segurança da informação, informando o destino da viagem, os dispositivos utilizados e qualquer situação de risco vivenciada.
2. Troca de credenciais e reforço de autenticação
Toda viagem deve ser seguida de uma revisão completa de credenciais. Senhas utilizadas durante o período fora da empresa, especialmente aquelas que deram acesso a sistemas corporativos, precisam ser alteradas.
Outra boa prática é reconfigurar o MFA (autenticação multifator), garantindo que novos códigos ou dispositivos sejam utilizados para a verificação de identidade.
3. Varredura e análise técnica
Após o isolamento, o time técnico deve realizar uma varredura completa com ferramentas de antivírus e antimalware atualizadas, revisando logs de acesso e histórico de atividades para identificar eventuais anomalias.
Em casos suspeitos, recomenda-se fazer backup dos dados, formatar o equipamento e reinstalar o sistema operacional, garantindo que nenhuma ameaça persistente permaneça.
4. Política para mídias removíveis
Proíba o uso de pendrives, cartões SD ou HDs externos utilizados durante a viagem antes de uma varredura completa. Caso tenham sido usadas mídias temporárias (como cartões de memória para fotos ou arquivos específicos), devem existir diretrizes claras para o descarte ou higienização segura.
Essa prática evita contaminações cruzadas e garante o controle sobre dados sensíveis que possam ter sido copiados ou armazenados fora da rede segura da empresa.
5. Inventário e liberação pela TI
O último passo da quarentena digital é a reintegração controlada dos dispositivos. O time de TI deve manter um checklist atualizado com todos os equipamentos utilizados durante a viagem, incluindo notebooks, smartphones e tablets.
Somente após a análise e liberação formal, os dispositivos podem voltar a se conectar à rede corporativa. Esse registro deve ser documentado para fins de auditoria e para reforçar a cultura de responsabilidade digital.
Como o gestor de viagens pode apoiar a segurança digital?
O papel do gestor de viagens corporativas vai muito além da logística de passagens e hospedagens. Hoje, ele atua também como agente de governança e mitigação de riscos.
Para apoiar a segurança digital da empresa, o gestor pode:
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Incluir a quarentena digital nas políticas de viagens corporativas, definindo prazos e responsabilidades;
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Promover treinamentos sobre boas práticas de cibersegurança antes e depois das viagens;
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Integrar as áreas de viagens, TI e segurança corporativa, garantindo o alinhamento de processos;
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Comunicar com clareza aos viajantes os protocolos a seguir, desde a conexão segura durante o deslocamento até os cuidados na chegada;
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Contar com uma agência de viagens corporativas que priorize a segurança digital.
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