Quando e como acionar escolta e rotas seguras para viagens corporativas?
Saiba em quais situações e como acionar protocolos extras de segurança durante viagens corporativas.
Para o gestor de viagens, equilibrar a proteção integral do colaborador com a otimização orçamentária é um dos maiores desafios.
É preciso ir além da contratação do seguro-viagem e orquestrar uma logística que antecipe riscos e ofereça tranquilidade.
Neste conteúdo, você vai entender quando, como e por que implementar medidas de segurança extras, como escolta e rotas seguras, sem extrapolar o orçamento. Confira!
Viagens corporativas que demandam segurança extra
Qualquer viagem pode apresentar riscos, mas algumas rotinas corporativas elevam a necessidade de um plano de segurança robusto.
Antes de tudo, o gestor precisa entender a diferença entre ameaça e vulnerabilidade: ameaça é o risco potencial (por exemplo, alta criminalidade); vulnerabilidade é a fraqueza no seu processo (como um executivo pegando táxi na rua tarde da noite). Nosso foco deve ser minimizar a vulnerabilidade diante das ameaças existentes.
Com esse entendimento, fica claro que nem todo deslocamento exige um carro blindado ou escolta dedicada. O segredo está em identificar os cenários em que a exposição do colaborador ou do ativo (informação, produto, valor financeiro) é alta:
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Deslocamento de executivos, C-Level e VIPs: a visibilidade e o cargo tornam o indivíduo um alvo potencial para sequestros-relâmpago, roubos ou, em casos mais raros, extorsões. A discrição e a segurança proativa são fundamentais.
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Transporte de cargas valiosas ou documentos confidenciais: não se trata apenas do viajante, mas do que ele carrega. Amostras de alto valor, protótipos, documentos de patentes ou grandes somas em dinheiro exigem segurança de ponta a ponta.
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Áreas de risco geopolítico ou alta criminalidade: cidades com altos índices de roubo, sequestro ou instabilidade política demandam atenção redobrada, muitas vezes com a necessidade de veículos não caracterizados e motoristas treinados em segurança.
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Deslocamentos durante a noite ou madrugada: mesmo em zonas urbanas relativamente seguras, a vulnerabilidade aumenta exponencialmente após o anoitecer ou nas primeiras horas da manhã. O risco de assalto ou abordagens indesejadas é maior.
Como criar uma camada extra de segurança sem afetar o orçamento?
É totalmente possível garantir um nível excelente de segurança sem comprometer a saúde financeira do departamento. Para isso, basta criar uma estratégia inteligente e escalável de alocação de recursos para segurança. Confira nossas dicas para proteger colaboradores em situações de risco:
1. Crie uma matriz de riscos
Desenvolva um modelo que relacione risco, horários e zonas, para que o nível de proteção seja escalonado conforme a criticidade. Essa matriz deve ser integrada à sua ferramenta de gestão de viagens, permitindo que o gestor justifique o custo da escolta: ela só será acionada nos cenários de risco alto, mantendo os custos sob controle nas demais situações. Veja abaixo um modelo:
Risco |
Zona |
Horário |
Viajante |
Recomendação |
Justificativa de custo |
Baixo |
Capitais com índice de violência moderado/baixo (durante o dia) |
07h - 19h |
Colaborador padrão (vendedor, técnico) |
Transfer homologado (app corporativo ou locadora) |
Custo-padrão de mobilidade (evita táxi de rua) |
Médio |
Cidades com alto índice de roubo/sequestro OU grandes centros (durante a noite) |
19h - 22h |
Gerentes/Diretores/Transporte de itens de médio valor |
Transfer executivo com duplo check-in + rotas seguras pré-definidas |
Custo marginal (veículo de padrão superior) |
Alto |
Zonas de instabilidade OU transporte de valores/VIPs |
22h - 07h OU rotas não tradicionais |
C-Level/Transporte de valores/Executivo em rota de risco |
Veículo executivo blindado + escolta tática |
Custo justificado pelo Duty of Care e valor do ativo/executivo |
2. Homologue fornecedores de alta confiança
Negociar contratos volumosos com poucos fornecedores de transporte executivo e escolta oferece não apenas melhores tarifas, mas também um padrão de serviço mais previsível e de alta qualidade.
Para escolher os melhores parceiros, utilize como base o checklist abaixo:
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Antecedentes e idoneidade: além de realizar uma pesquisa aprofundada, verifique a ficha criminal e o histórico profissional de todos os motoristas e agentes de escolta envolvidos no contrato.
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Seguros e responsabilidade civil: exija apólices que cubram danos a terceiros, responsabilidade civil e, principalmente, que incluam cobertura para o próprio viajante em caso de incidente durante a prestação do serviço. O seguro da empresa de escolta é mais importante do que o do veículo.
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Tecnologia de rastreamento: exija que todos os veículos designados para a sua conta (mesmo os "comuns") tenham rastreamento em tempo real, com acesso compartilhado à sua central de monitoramento ou à da agência. Isso permite uma intervenção imediata em caso de anormalidade.
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Treinamento em segurança: os motoristas que atuarem em áreas de risco devem ter treinamento comprovado em direção defensiva, direção evasiva e primeiros socorros. Verifique também a frequência e a atualização desses treinamentos.
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SLA para emergências: solicite um detalhamento sobre o tempo de resposta em caso de emergência (quanto tempo a central leva para acionar forças de segurança ou apoio), o padrão dos veículos (idade, manutenção preventiva) e o protocolo de comunicação durante situações críticas.
3. Implemente a dupla verificação
O motorista (ou o agente de escolta) e o viajante devem ter um código de segurança único e temporário (gerado pela plataforma ou enviado via SMS/WhatsApp seguro), que deve ser validado antes do embarque.
Isso confirma a identidade do prestador de serviço e evita que o viajante entre em um veículo não homologado, que possa estar se passando por seu transporte oficial.
4. Defina pontos de encontro seguros
Evite que o colaborador aguarde por longos períodos em locais de grande fluxo e exposição (ex: na porta de saída de um aeroporto, em área visível).
Oriente-o a se dirigir a um ponto de encontro seguro e pré-determinado — como a praça de alimentação interna, o balcão de informações ou o lounge do aeroporto — e só sair de lá após o contato visual com o motorista e a confirmação do código de segurança. A discrição é a maior forma de proteção.
5. Crie um processo padrão para viagens de risco
Em viagens classificadas como de médio ou alto risco, o gestor deve implementar um protocolo estruturado, com foco em comunicação constante e monitoramento discreto:
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Carro discreto: o veículo deve ser um modelo executivo comum, sem adesivos da empresa ou qualquer elemento que chame atenção (o chamado low profile). O objetivo é que o carro se misture ao tráfego, reduzindo a exposição.
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Rotas alternativas: o motorista ou agente de escolta deve ter rotas secundárias previamente planejadas, com menor fluxo, para uso em caso de bloqueios, congestionamentos ou incidentes inesperados. O gestor, por meio do sistema de rastreamento, deve validar a rota em tempo real.
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Mensagens programadas: o colaborador deve enviar um check-in rápido com mensagem pré-definida em momentos-chave — como início do trajeto, paradas estratégicas ou chegada ao destino. A ausência do check-in no tempo estipulado deve acionar um protocolo de emergência, com ligação imediata, mobilização de escolta de apoio ou acionamento da central de segurança.
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Comunicação de crise: em caso de abordagem suspeita ou situação de risco real, o colaborador deve ter uma palavra-código para alertar a central de segurança sem levantar suspeitas do agressor. Exemplo: em vez de dizer "estou sendo assaltado", dizer "Preciso falar com a Dona Lúcia sobre o relatório de ontem." Ao identificar a palavra-código, a central aciona o protocolo de crise de forma silenciosa.
6. Cuide da segurança digital
A proteção não deve se limitar ao aspecto físico — a cibersegurança durante deslocamentos é igualmente essencial. Todos os dispositivos corporativos (laptops, tablets e smartphones) devem estar com uma VPN ativa e obrigatória, protegendo a troca de dados em redes Wi-Fi desconhecidas, como as de aeroportos, hotéis e cafeterias.
Além disso:
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Proíba o uso de pendrives ou cabos de terceiros, devido ao risco de juice jacking — a injeção de malware por meio de portas USB públicas.
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Oriente o colaborador a levar seu próprio carregador e utilizá-lo preferencialmente em tomadas de parede, nunca em portas USB públicas.
Evidências e auditorias pós-viagem
A coleta de dados e a auditoria contínua são essenciais para refinar a matriz de risco e garantir a eficácia do investimento em escolta.
O gestor precisa de evidências de que o protocolo foi seguido, tanto para justificar os custos quanto para comprovar o duty of care da empresa em caso de litígio ou investigação.
Para isso, é fundamental acompanhar e documentar os seguintes aspectos:
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Desvios de rota: verifique se o veículo seguiu a rota pré-estabelecida ou uma das rotas alternativas previamente aprovadas como seguras.
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Velocidade e padrão de condução: analise os dados de telemetria para garantir que o motorista de segurança não tenha dirigido de forma agressiva (gerando risco adicional) ou excessivamente lenta (aumentando a exposição).
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Comprovação do atendimento: registre informações que confirmem que o veículo homologado estava no local e horário corretos, servindo como prova de que o serviço foi executado conforme os parâmetros da matriz de risco.
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Logs de check-in/check-out e comunicação: mantenha um registro digital de todas as mensagens de check-in enviadas pelo colaborador, bem como das confirmações de status feitas pela central de monitoramento.
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Feedback do viajante: implemente um formulário de feedback obrigatório e rápido para o colaborador, a ser preenchido após cada viagem de risco. Inclua perguntas-chave como: o motorista/agente foi profissional? Sentiu-se seguro? A comunicação foi discreta? O veículo estava em boas condições? Esse dado qualitativo é crucial para aprimorar a escolha de fornecedores e ajustar procedimentos.
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Tendências de risco: analise ocorrências como tentativas de roubo, fraude ou outros incidentes em rotas específicas, horários anteriormente considerados seguros ou envolvendo determinados fornecedores. Esses dados ajudam a recalibrar a matriz de risco e a antecipar ameaças emergentes.
VOLL: tecnologia e atendimento personalizado a favor da segurança
A VOLL é a maior agência de viagens corporativas digital da América Latina e, por meio de uma tecnologia própria, integra viagens, mobilidade e despesas em uma única plataforma, oferecendo uma jornada fluida e completa para viajantes e gestores.
São diversos recursos e diferenciais que ajudam você a garantir conforto, tranquilidade e segurança aos colaboradores — e tudo isso enquanto reduz custos:
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Rede de fornecedores homologados para diversos serviços de viagem, com tarifas exclusivas;
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Aplicação automática de regras e políticas nas reservas;
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Opções de duty of care e rastreabilidade do viajante;
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Fluxos de solicitação e aprovação personalizáveis;
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Relatórios unificados e dashboards interativos com indicadores estratégicos;
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Atendimento VIP, disponível para gestores e viajantes, 24 horas por dia.
Ao contar com a VOLL para simplificar a complexidade operacional da gestão, o gestor de viagens pode focar na estratégia do programa, garantindo que o duty of care seja cumprido com excelência, eficiência orçamentária e total tranquilidade para a liderança da empresa.
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